segunda-feira, 2 de novembro de 2009


ImageChef.com Poetry Blender

Carta de um Bebê

Oi mamãe, tudo bom?

Eu estou bem, graças a Deus faz apenas alguns dias que você me concebeu em sua barriguinha.
Na verdade, não posso explicar como estou feliz em saber que você será minha mamãe, outra coisa que me enche de orgulho é ver o amor com que fui concebido.

Tudo parece indicar que eu serei a criança
mais feliz do mundo !!!!!!
Mamãe, já passou um mês desde que fui concebido,
e já começo a ver como o
meu corpinho começa a se formar, quer dizer,
não estou tão lindo como você,
mas me dê uma oportunidade !!!!!!
Estou muito feliz!!!!!!

Mas tem algo que me deixa preocupado...
Ultimamente me dei conta de que há algo na sua
cabeça que não me deixa dormir, mas tudo bem,
isso vai passar, não se desespere.
Mamãe, já passaram dois meses e meio, estou muito feliz com
minhas novas mãos e tenho vontade de usá-las para brincar...

Mamãezinha me diga o que foi?
Por que você chora tanto todas as noites??
Porque quando você e o papai se encontram,
gritam tanto um com o outro?
Vocês não me querem mais ou o que?
Vou fazer o possível para que me queiram...

Já passaram 3 meses, mamãe,
te noto muito deprimida, não entendo
o que está acontecendo, estou muito confuso.
Hoje de manhã fomos ao médico e ele marcou
uma visita amanhã.

Não entendo, eu me sinto muito bem....
por acaso você se sente mal mamãe?

Mamãe, já é dia, onde vamos?
O que está acontecendo mamãe??
Porque choras??
Não chore, não vai acontecer nada...
Mamãe, não se deite, ainda são 2 horas da tarde,
não tenho sono, quero continuar brincando
com minhas mãozinhas.

Ei !!!!!! O que esse tubinho
está fazendo na minha casinha??
É um brinquedo novo??
Olha !!!!!! Ei, porque estão sugando minha casa??
Mamãe !!!!

Espere, essa é a minha mãozinha!!!!
Moço, porque a arrancou??
Não vê que me machuca??
Mamãe, me defenda !!!!!!
Mamãe, me ajude !!!!!!!!
Não vê que ainda sou muito pequeno
para me defender sozinho??

Mãe, a minha perninha, estão arrancando.
Diga para eles pararem, juro a você que vou me comportar bem e que não vou mais te chutar.

Como é possível que um ser humano possa fazer isso comigo? Ele vai ver só quando eu for grande e forte.....
ai.....
mamãe, já não consigo mais...
ai...
mamãe, mamãe, me ajude...

Mamãe, já se passaram 17 anos desde aquele dia,
e eu daqui de cima observo como ainda te machuca
ter tomado aquela decisão.

Por favor, não chore, lembre-se
que te amo muito e que estarei aqui te esperando
com muitos abraços e beijos.
Te amo muito

Seu bebê.

QUE DEUS TENHA PENA DE NOSSAS ALMAS!
Tenhamos consciência.
Digam NÃO ao aborto!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

sábado, 19 de setembro de 2009

Vamos Estimular a Leitura

Segundo dados da Câmara Brasileira do Livro (CBL), cada brasileiro lê pouco mais de dois livros por ano. Na Inglaterra, estima-se que a média seja de 5 livros; nos Estados Unidos, 6. Outro dado preocupante é que enquanto na Índia, um país em desenvolvimento, as pessoas gastam em média 10 horas por semana lendo, aqui, no Brasil, essa estimativa é de 5 horas. Dados como esses chamam tanto a atenção que a Folha de São Paulo de 28 de maio de 2008 publicou a seguinte matéria:

Leitura no Brasil é uma "vergonha", diz "The Economist"

A aversão dos brasileiros aos livros virou assunto da última edição da influente revista britânica "The Economist". Para a publicação, a situação precária das bibliotecas públicas e o baixo índice de leitura dos brasileiros constituem "motivo para vergonha nacional", juntamente com o crime e com as taxas de juros. Leia abaixo uma tradução do texto "Um país de não-leitores" publicado pela "The Economist":

"Muitos brasileiros não sabem ler. Em 2000, um quarto da população com 15 anos ou mais eram analfabetos funcionais. Muitos simplesmente não querem. Apenas um adulto alfabetizado em cada três, lê livros. O brasileiro médio lê 1,8 livros não-acadêmicos por ano, menos da metade do que se lê nos EUA ou na Europa. Em uma pesquisa recente sobre hábitos de leitura, os brasileiros ficaram em 27º em um ranking de 30 países, gastando 5,2 horas por semana com um livro. Os argentinos, vizinhos, ficaram em 18º".

Pessoas que não são leitoras têm a vida restrita à comunicação oral e dificilmente ampliam seus horizontes, por ter contato apenas com idéias muito próximas das suas. É nos livros que temos a chance de entrar em contato com o desconhecido, e conhecer outras épocas e lugares e com eles “abrir a cabeça”. Por isso, incentivar a formação de leitores é fundamental no mundo de hoje, pois estaremos colaborando para a formação de cidadãos mais conscientes e críticos, que reconhecem e respeitam a diversidade.

O livro é uma fonte inesgotável de conhecimento. Quanto mais cedo uma criança começar a ter contato com ele, maiores são as probabilidades de obter sucesso, pessoal e escolar, no futuro.

Ouvir, ler em voz alta, ler em conjunto e conversar sobre livros desenvolve a inteligência e a imaginação. Os livros são também uma forma de enriquecer o vocabulário e a linguagem. As imagens, informações e ideias dos livros alargam o conhecimento do mundo. Ter o hábito de ler é uma forma de se conhecer melhor e compreender os outros. Ler em conjunto é divertido e reforça o prazer do convívio. A leitura torna as crianças mais calmas, ajudando-as a ganhar autoconfiança e poder de decisão

Por isso, visando no pleno desenvolvimento de nossos alunos, estmos lançando um projeto para estimular a leitura tanto na língua materna (português) com em língua inglesa. Entretanto, para o sucesso desse projeto é necessário o empenho de todos, divulgando os dados apresentados, pesquisando novas informações e principalmente, estimulando, apoiando a leitura.

Quando você for presentear alguém, principalmente crianças, tenha em mente que ao dar-lhe um livro você estará contribuindo para que essa criança desenvolva diversas faculdades que serão de suma importância em sua vida adulta, como por exemplo, a consciência crítica, a liberdade de pensamento, a imaginação e junto com ela a criatividade.

Portanto, dê livros! Você estará contribuindo para a construção de uma nação mais desenvolvida intelectualmente.

LIÇÃO 11: VIDA DEVOCIONAL

I. INTRODUÇÃO

Conhecer, amar e obedecer a Deus promovem a verdadeira comunhão do homem com o Senhor. E a vida devocional é o veículo que conduz a esse estado especial. O que um passeio com a família, seu cotidiano no trabalho, suas atividades com os amigos e na igreja têm a ver com a sua vida devocional? Tudo! Muitos crentes pensam que cultivar uma vida devocional significa apenas "separar tempo para Deus". Alguns até criam rituais em busca de um “clima propício” à devoção. Nessa lição você vai entender, entre outras coisas, que não é possível “separar” tempo para Deus.

Pare e pense: Ele é o dono de tudo o que há no universo, é o Pai e Criador de toda a humanidade e também o Salvador e o dono da sua vida, comprada com o sangue de Jesus. Portanto, tudo o que você tem, todo o seu tempo pertence a Ele.

Ao manter uma vida devocional plena, você simplesmente estará empregando o tempo da forma que Ele deseja. E não tardará a colher os frutos da intensa comunhão com Deus. Pois vida devocional é isso: relacionamento íntimo com o Pai. Isso é o que Ele mais deseja, desde aquele dia, lá em Gênesis, quando perguntou: "Onde está Adão?". Sua pergunta ecoa até hoje. Você, está pronto para responder?

II. ENTENDENDO O QUE É DEVOÇÃO

Devocional não é apenas um momento que reservamos durante o dia para orar e ler a Bíblia, nem mesmo aquele antes de uma programação da igreja, durante o qual você se ajoelha e ora. Ter uma vida de devoção a Deus vai muito além disso. Devoção a Deus é relacionamento com Deus.

Deus é um ser pessoal, ou seja, Ele se relaciona com o ser humano. Veja a narrativa de Gênesis 2 e 3, quando Deus ia ao encontro de Adão e Eva para estar com eles. Essa passagem indica que o Senhor tinha um relacionamento com o homem, que foi destruído pelo pecado.

Quando Deus criou Adão e Eva, não havia necessidade de sacrifícios, adoração, comunhão, orações, pastores, leis, mandamentos, regras, profetas, altares, etc., porque havia um perfeito estado de graça, havia relacionamento. A comunhão do homem com Deus era direta. Mas, quando Adão e Eva pecaram, foram expulsos do Éden e perderam a comunhão com Deus. E, por isso, há a necessidade de que você busque e invoque o Senhor, para que Ele se faça presente dentro da sua vida. Há necessidade de devoção e comunhão pessoal com Deus.

E como se consegue um bom relacionamento com alguém? Investindo tempo, conversando, desfrutando da presença dessa pessoa, sentindo prazer na sua companhia. O crescimento espiritual está intrinsecamente ligado à proximidade com Deus. O pastor Amaury Bertoqui, líder da Assembléia de Deus em Cachoeiro de Itapemirim, complementa: "Vida devocional fala da prática de princípios cristãos. Fala de não vivermos uma religiosidade de fim de semana, mas sim da aplicação, no nosso viver diário, daquilo que professamos". Assim, quanto mais perto de Deus estou, mais vida eu tenho.

III. OS PASSOS FUNDAMENTAIS

Devocional não é exatamente um ritual religioso, que depende de local ou elementos adequados para se realizar. É uma atitude espiritual, que pode acontecer enquanto dirigimos, trabalhamos, estudamos, quando estamos em família, com amigos, etc., pois já diz a Bíblia: “Orai sem cessar” (ITs 5.17). Mas, é necessário que em meio à correria em que vivemos exista um momento que seja só nosso e de Deus, e que sejamos disciplinados o bastante para não permitir interrupções. O conhecimento aprofundado de Deus traz crescimento espiritual, a busca pelo Senhor é fator determinante para o progresso do cristão. Jejum, oração e meditação na Palavra são alguns elementos que não podem faltar na vida devocional.

Os crentes que lamentam a falta de tempo para cultivar adequadamente uma vida devocional têm um conceito equivocado, encaram o devocional como sendo algo externo e não interno. Não é o que eu faço, simplesmente, mas sim o que eu sou. Se pensarmos que nas nossas atitudes, nas nossas palavras, nos mínimos detalhes do nosso dia-a-dia nós podemos adorar a Deus, então estaremos tendo uma vida devocional, pois estaremos perto Dele, em um relacionamento com Ele. Minha vida devocional é adequada quando trabalho com prazer e alegria, testemunhando de Jesus; quando estudo não apenas para crescer ou não ser reprovado em alguma prova, ou etapa; quando realizo as minhas tarefas, qualquer que seja, de acordo com o que a Bíblia ensina, tenho que fazê-lo como se fosse para o próprio Jesus (I Co 10.31; Cl 3.17).

E a Bíblia alerta que quando o crente se mantém firme em sua vida devocional, os conflitos com o mundo certamente aparecerão. Aliás, se esses conflitos não surgirem, há algo de errado. Jesus mesmo disse: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia.Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa” (Jo 15.18-20).

Mas, em contrapartida, lembra que os frutos de uma vida devocional adequada são abundantes e extraordinários: Primeiramente, recebemos o dom do Espírito (o presente que recebemos pela graça de Deus, que é o próprio Jesus; leia João 1.12); depois, passamos a viver buscando uma plenitude no Espírito (ou santificação; leia Romanos 5.1-21); aí então passamos a evidenciar o fruto do Espírito (amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio; leia Gálatas 5.22,23); daí, estamos prontos a utilizar os dons do Espírito - as capacitações que Deus dá a quem quer, da forma que quer, para suprir as necessidades de sua Igreja (leia I Coríntios 12.1-31; 14.1-40).

O profeta Oséias lança um sério desafio: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o SENHOR: como a alva, será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6:3). E você: está pronto?

IV. CONCLUSÃO:

No NT a palavra comunhão significa ter um relacionamento contínuo. Comunhão pode referir-se à relação que você tem com a pessoa de Jesus, e também seu relacionamento com outros cristãos. Um aspecto muito importante para desenvolver um relacionamento com Deus é a oração. A oração é comunicação, é diálogo, é compartilhar com Deus aquilo que acontece com você. Em suas orações tente ser natural em sua conversa com o Senhor. Deus não quer ouvir frases decoradas, nem palavras complicadas, Ele deseja ouvir aquilo que sai de dentro do seu coração. Jesus nos deu algumas idéias sobre oração (Mt 6:9-13). A oração deve ser iniciada com um clamor a Deus, você irá chamar por Ele, por sua graça e misericórdia. Em seguida vem os assuntos: confissão de pecados, adoração, agradecimento, intercessão e petição. A oração do cristão é sempre feita em nome de Jesus (Jo 16:24; 14:13). Quando orar fale a Deus sobre seus problemas, suas dificuldades, seus erros, peça perdão a Deus sempre que você fizer algo errado e tenha certeza de receber esse perdão (I Jo 2:1-2). Ore por outras pessoas (Tg 5:16), isso se chama intercessão, peça a Deus que abençoe aqueles que estão a sua volta, aquelas pessoas que você sabe que estão passando por dificuldades.

Leia a Bíblia. O Novo Testamento é o coração da mensagem de Deus e é o lugar ideal para você começar seu estudo. Comece pelos evangelhos e depois leia Atos e Romanos, para ter um conhecimento básico da mensagem cristã. Não pare, continue lendo os demais livros da Bíblia na ordem que você preferir. Quando estiver lendo, faça a si mesmo estas perguntas: O que esta passagem está me dizendo? Qual é a idéia principal apresentada? Como posso aplicar essa passagem em minha vida para que ela se torne mais significativa? Tente não ler apenas passagens isoladas, faça o compromisso com Deus de ler pelos menos 1 capítulo por dia, e no dia seguinte leia o próximo capítulo e assim por diante até terminar um livro.

Não se esqueça de praticar a comunhão, ou seja, desenvolver um relacionamento de amizade com outros cristãos, para que isso ocorra, freqüente a igreja, participe dos cultos...

Você poderá medir a qualidade de sua comunhão com Cristo pelos momentos que você dedica à oração e ao estudo da Bíblia. Separe a cada dia um tempo para que possa crescer em sua comunhão com Cristo, escolha um lugar no qual você poderá estar a sós com o Senhor, para poder falar com Ele, através da oração e ouvir Ele falar com você, através da Bíblia. Faça desse momento o período mais importante de seu dia. Com o passar do tempo você irá sentir que aquele tempo que costumava separar se tornará insuficiente e logo sentirá necessidade de passar mais tempo na presença d’Ele.

V. COMO DEVO ORAR?

  • Invoque ao Senhor, chame por Ele;
  • Louve-o, adore-o, agradeça-o por tudo o que Ele já fez por você;
  • Confesse seus pecados, seus erros, fragilidades, limitações, medos, inseguranças;
  • Reconheça que você é dependente dele, e que tudo que possui pertence a Ele;
  • Esqueça-se das aparências. Deus conhece cada um dos seus pensamentos, por isso, quando estiver diante dele em oração não tente ser alguém que você não é, seja autêntico, claro, específico, diga a Deus as coisas como elas realmente são;
  • Exponha ao Senhor quais são suas reais necessidades, abra o seu coração, deixe fluir as palavras;
  • Vá além de "meu", "mim" e "eu"; deixe o egoísmo de lado e interceda, ore por outras pessoas, abençoe-as em o nome de Jesus, pronuncie palavras de bênçãos, de vitória, de cura, de prosperidade;
  • Ore pela igreja, pelos líderes, pelos irmãos, pelos projetos da igreja, por missões, por aqueles que se convertem;
  • Ore pela sua pátria, pelo governo, economia, política, educação, etc., interceda em favor da sua nação e em favor de outras nações também.
  • Demonstre fé, esperança, gratidão e amor.

Em toda a Bíblia encontramos diversos exemplos de orações, especialmente no livro de Salmos, ao lê-las você aprenderá bastante sobre os diversos tipos de oração e com o tempo e prática desenvolverá seu próprio estilo.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

LIÇÃO 10: DÍZIMO

1. Introdução:

O dizimo baseia-se no fato de Deus ser o proprietário da terra e doador de todas as dádivas (Sl 24.1). De acordo com o ensino do A.T., o dízimo pertence ao Senhor. Ao entregar-lhe, o israelita reconhecia que Deus era o dono da terra e de seus frutos. A não devolução do dízimo, por parte dos israelitas, considerava-se como um roubo a Deus (Ml 3.8-10).

O conceito de dízimo no A.T., já existia na era patriarcal, Abraão deu a Melquisedeque o dízimo de tudo (Gn 14.20). Portanto, antes da lei, o dízimo já existia. A lei apenas formalizou e sistematizou essa prática, e os profetas pregaram a necessidade de sua observância. Era exigida a décima parte das rendas de uma pessoa com vistas à manutenção da adoração; do sistema religioso e também para o benefício dos pobres da comunidade judaica. No N.T. o próprio Cristo reforçou o conceito do dízimo como um ato de fé que produz obediência voluntária aos preceitos divinos. O dízimo, antes de ser mera obrigatoriedade, é um ato de generosidade do cristão, que faz parte da lei do amor. O resultado será que aqueles que assim fazem de nada terão necessidade, pois Deus, o legítimo dono de todas as coisas, ama a quem dá com liberalidade e pureza de coração.

O dízimo não é mera obrigatoriedade, mas um ato oriundo da fé nas promessas de Deus. O dízimo é uma forma de você dizer que não é escravo do dinheiro e demonstrar sua gratidão a Deus pelas bênçãos que ele tem te dado. É tornar-se participante com Deus na obra de evangelização do mundo. É o privilégio de tirar dez por cento de toda a renda pessoal e investir nos negócios de Deus aqui na terra.

II. O Dízimo no A.T.

Dar ou pagar o dízimo, no A.T., constituía-se em separar a décima parte do produto da terra e dos rebanhos para o sustento do santuário de Deus e dos sacerdotes.

A origem do dízimo perde-se no tempo, sendo anterior a Moisés e Abraão. No entanto, a primeira referência bíblica ao fato relaciona-se aos dias desse patriarca. Em Gn 14.20 está escrito que Abraão entregou a Melquisedeque o dízimo de tudo, sendo que, neste caso, não foi do produto da terra, nem dos rebanhos, e sim do despojo da guerra, costume também observado nos tempos antigos (Hb 7.2)

Posteriormente, na progressão da história bíblica, você encontrará Jacó seguindo o exemplo de seu avô, só que em outra circunstância; a de ser grato a Deus, se este lhe guardasse durante a sua jornada (Gn 28.18-22).

Nos dias de Moisés, o dízimo passou a exercer importante papel na vida religiosa do povo israelita (Dt 26.1-15). Desta forma, não só a casa de Deus era suprida, como também mantida a tribo levítica, responsável pelo sacerdócio. Quando o povo se encontrava fraco e afastado de Deus, o dízimo era negligenciado. Pagar o dízimo é, portanto, um sinal de avivamento, entre outros, quando provém da fé e de um coração que reconhece o senhorio de Deus sobre todas as coisas. Por isso, Malaquias chegou a chamar de ladrões de Deus àqueles que não entregavam os seus dízimos (Ml 3.8-10), confrontando-os a fazer prova com o Todo-Poderoso, que jamais deixará de cumprir suas promessas àqueles que lhe são fieis.

III. O Dízimo no N.T.

O dízimo não ficou restrito aos tempos do A.T. O próprio Cristo ensinou sobre a importância do dízimo. Ao ler Mt 23.23-33, você descobrirá que a prática do dízimo entre os contemporâneos de Jesus tornou-se legalista e ostentatória de falsa espiritualidade. Os escribas e os fariseus cumpriam esta determinação para serem vistos e honrados pelos homens, e não como fruto de um coração sincero, era apenas aparência e mais nada, eles entregavam o dízimo para serem visto e ovacionados por todos. Dessa forma, todo o texto de Mateus enfatiza este lado da arrogância, da falsa religiosidade, onde a hipocrisia se reveste de justiça para tornar-se a glória de corações iníquos e apodrecidos.

Alguns podem até pensar, ao ler este texto, que Jesus estava condenando o dízimo, porém, uma leitura mais atenta revela que Ele estava reprovando a motivação errada dos líderes daquela época. Foi isto que deixou claro ao afirmar: “... pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé”. Ou seja, uma coisa não pode existir sem a outra. É tanto que acrescentou: “Deveis, porém, fazer estas coisas (viver o juízo, a misericórdia e a fé), e não omitir aquelas” (dar o dízimo). O que Jesus fez foi reforçar o conceito de que o dízimo, antes de ser mera obrigatoriedade, para aparentar justiça, é um ato de fé que produz obediência voluntária aos mandamentos da Palavra de Deus.

A palavra dízimo não aparece nos ensinos de Paulo, entretanto, ela está implícita todas as vezes em que ele admoesta sobre a contribuição. Ao lermos I Co 16.2 e 3 podemos notar que o apóstolo pede para que cada um contribua proporcionalmente à sua prosperidade, ou seja, cada um entregue segundo o que pode.

O dízimo é exatamente isso, você devolve à casa de Deus 10 por cento daquilo que recebe. Quando se entrega os dez por cento, ele será sempre proporcional àquilo que você ganha, em outras palavras, quanto mais Deus abençoa financeiramente alguém mais essa pessoa contribuirá.

O apóstolo ensina que além de ser proporcional à condição de cada um, a entrega do dízimo deve ser fruto de uma motivação correta, nessa passagem ele também explica a “lei da semeadura”, confirma a promessa de abundancia e também fala da alegria daqueles que foram ajudados através das ofertas levantadas: “Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra, como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça, enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus. Porque o serviço desta assistência não só supre a necessidade dos santos, mas também redunda em muitas graças a Deus, visto como, na prova desta ministração, glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo e pela liberalidade com que contribuís...” (II Co 9.6-13).

IV. Conclusão:

Se todos os crentes entregassem o dízimo, não haveria necessidade de a igreja lançar mão de campanhas de cunho financeiro para arrecadar o dinheiro necessário para a execução de suas tarefas. Entretanto é muito pequeno o percentual daqueles que se dispõem a cumprir esse mandamento, talvez por falta de conscientização do significado do dízimo.

Malaquias afirmou que o dízimo é “para que haja mantimento na casa do Senhor” (Ml 3.10), aplicando ao contexto de hoje, é através dos dízimos que a igreja encontra meios para realizar a evangelização, sustentar missionários, manter seus obreiros, cuidar da assistência social, ou seja, ajudar os menos favorecidos, custear a construção e manutenção dos templos, etc.

A promessa dada por Deus através de Malaquias impõe uma condição: primeiramente a pessoa deve trazer os dízimos para depois fazer prova com Deus, que garante derramar a sua bênção, trazendo a abundância. Porém, é bom que fique claro que isso não anula as aflições da vida, nos quais podem surgir os momentos de dificuldades. Entretanto, a Palavra de Deus, que não falha, garante vitória aos que atravessarem esses períodos com obediência e fidelidade.

Reflitamos por um momento: como a igreja poderá ser abençoada com crescimento, se lhe faltam recursos para aquisição de folhetos, enviar obreiros, dar suporte aos programas de evangelismo, cuidar dos carentes, manter dignamente aqueles que trabalham na obra? O dízimo que entregamos tem essa finalidade, a de suprir a casa do Senhor. Deus não precisa do seu dinheiro, lembre-se que ele é o criador de toda a riqueza, contudo ele está dando a você a oportunidade de ser ainda mais abençoado. Veja algumas coisas que acontecem quando o cristão, corretamente motivado, entrega o seu dízimo:

  • Ele sente-se recompensado por participar ativamente da obra de Deus;
  • Deus o abrirá as janelas do céu abençoando essa pessoa ricamente (Ml 3. 10,12);
  • Ele se torna um exemplo para todos ao seu redor;
  • O Senhor repreenderá o devorador (Ml 3.11), um demônio que age na área financeira, impedindo com que a pessoa cresça financeiramente.
  • Os recursos para a realização dos projetos da igreja serão mais abundantes;
  • A obra será realizada com mais qualidade e rapidez.

Leitura adicional:

Malaquias 1.6-10

Levítico 27-32b

Deuteronômio 28.1-14

Malaquias 3.6-12

Números 18.21, 23-26

Deuteronômio 7.12-15

II Coríntios 8.15

Gálatas 6.6-7

Atos 20.33-35

sábado, 22 de agosto de 2009

LIÇÃO 9: BATISMO

I. INTRODUÇÃO:

Deus nos mostrou que o nosso estado diante dele era de rebeldia e independência. O nosso pecado fazia separação entre nós e Deus, mas o arrependimento quebrou o poder do Inimigo, do mundo e da nossa própria vontade e faz prevalecer a vontade de Deus em nossa vida. Ante dizíamos: “Eu sou dono da minha vida, sou senhor do meu destino”. Agora o nosso discurso mudou radicalmente e passamos a dizer: “Jesus é o dono da minha vida, Ele é o meu Senhor e tudo o que possuo pertence a Ele, e agora faço aquilo que Ele quer”. Diante dessa realidade, temos duas questões:

  • Qual é o meu primeiro passo para fazer a vontade do meu Senhor?
  • Como vou ter poder para fazer Sua vontade?

O primeiro passo de quem entregou sua vida a Jesus é ser batizado. Os apóstolos de Jesus pregavam o Evangelho e ensinavam que todos os que haviam crido deveriam ser batizados como sinal de sua conversão. Essa foi a experiência de todos aqueles que receberam a Jesus como Salvador e Senhor, entre eles podemos citar:

· Os três mil convertidos no dia de Pentecoste (At 2.37-42);

· Os samaritanos (At 8.12-30);

· O eunuco que foi evangelizado por Filipe (At 8.35-38);

· Saulo (Paulo) que foi batizado por Ananias (At 9.17-17-18; 22.16)

· Cornélio e sua família (At 10.44-48)

· Lídia na cidade de Filipos (At 16.25-34)

· O carcereiro na prisão de Filipos (At 16.25-34)

· Os discípulos de João Batista quando se tornaram discípulos de Jesus (At 19.1-5)

Entretanto, apesar de tudo que aprendemos até aqui, é provável que você ainda tenha dúvidas em relação a necessidade e a importância do batismo para a vida cristã. Talvez ainda esteja se perguntando: Que méritos tem esse ritual para a minha vida com Deus? Qual o significado desse ato? Por que devo me batizar? O batismo é obrigatório ou opcional?

II. A IMPORTÂNCIA DO BATISMO:

O batismo é assunto de extrema importância tanto para a igreja quanto para sua vida em particular. É através do batismo que o novo convertido passa a ser considerado parte integrante do povo de Deus, é através dele que o novo crente afirma seu compromisso com Cristo e a igreja e esta passa a reconhecê-lo como membro. Sem esse compromisso ninguém é aceito como sendo parte da família de Deus, sem fazer parte dessa família, você fica impossibilitado de crescer espiritualmente conforme o que deseja o Senhor Jesus. Através da comunhão com a igreja, especialmente em seu relacionamento com o Senhor e com os outros irmãos e irmãs é que você crescerá e poderá alcançar à maturidade espiritual.

III. O SIGNIFICADO DO BATISMO:

1. Definição - A palavra batismo significa “mergulho”, “submersão”. É a primeira ordem que o Senhor Jesus nos deu, através do qual o novo convertido passa a fazer parte d o corpo de Cristo, ou seja, a igreja.

2. Conceito – O batismo ilustra a experiência da regeneração efetuada pelo Espírito Santo no pecador, experiência esta que se relaciona com a morte e ressurreição de Cristo. Isto significa que quando o pecador aceita a Cristo como seu salvador, passa por uma transformação tão extraordinária, que só pode ser explicada como sendo morte e sepultamento do velho homem e ressurreição de uma nova criatura, livre para viver uma nova vida com Deus. Em outras palavras, quando o pecador aceita a morte de Jesus como uma morte vicária, isto é, para substituí-lo diante da justiça de Deus, morre também com Ele, mas assim como Jesus não ficou na sepultura, mas ressuscitou, aquele que crê em Jesus ressuscita juntamente com Ele para a vida eterna. Desse modo o batismo simboliza a morte para o mundo e a ressurreição para uma nova vida de fé em Jesus. É evidente que essa regeneração para uma nova vida de fé não se dá no momento do batismo, mas sim no momento em que a pessoa se submete a Cristo pela fé. O batismo apenas simboliza, representa uma decisão já tomada pelo novo convertido, é uma forma de demonstrar a todos, à família, à sociedade, à igreja, ao céu e ao inferno, o seu compromisso com Deus.

IV. A NECESSIDADE DO BATISMO:

É necessário porque o próprio Jesus ordenou – o batismo nas águas não é uma opção para aquele que se converte, é um mandamento expresso de Deus: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.19-20); “E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Mc 16.15-16). Todo crente fiel que tem convicção de sua decisão e ama ao Senhor terá alegria em cumprir esse mandamento. A admissão no Reino de Deus se dá através da fé no sacrifício de Cristo associada ao verdadeiro arrependimento, todavia, é o ato do batismo que exterioriza essa fé, que torna seu compromisso visível a todos.

É necessário porque Jesus nos deu o exemplo - “Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galiléia para o Jordão, a fim de que João o batizasse. Ele, porém, o dissuadia, dizendo: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? Mas Jesus lhe respondeu: Deixa por enquanto, porque, assim, nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o admitiu. Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mt 3.13-17). Era da vontade de Deus que se batizassem todos os que aceitassem o seu reino, do qual João Batista era o precursor. Por isso Jesus, apesar das palavras de João, deu o exemplo batizando-se nas águas do rio Jordão.

V. O MÉTODO BÍBLICO DO BATISMO:

A água respingada sobre a cabeça ou face, óleo na fronte e tantas outras invenções que vemos por aí, não passam de criações do homem não respaldadas e nem ensinada pela Bíblia. Por essa razão, orientamos aos novos convertidos que se submetam unicamente ao batismo bíblico, que é por imersão total, ou seja, é necessário mergulhar o corpo em água. Existem basicamente quatro evidências de que a forma bíblica do batismo é a imersão:

1. A evidência bíblica – os textos que narram o batismo de Jesus dizem: “Batizado Jesus, saiu logo da água...” (Mt 3.16); “Logo ao sair da água...” (Mc 1.10). O texto que conta o batismo do eunuco realizado por Filipe declara: “Seguindo eles caminho fora, chegando a certo lugar onde havia água, disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que seja eu batizado? Filipe respondeu: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. Então, mandou parar o carro, ambos desceram à água, e Filipe batizou o eunuco. Quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, não o vendo mais o eunuco; e este foi seguindo o seu caminho, cheio de júbilo” (At 8.36-39).

Esses textos não deixam dúvidas. É improvável que, vezes seguidas, os ministrantes dos batismos tivessem que entrar na água com os que eram batizados se o fossem por aspersão, aliás, se fosse assim, por aspersão, nem mesmo o candidato ao batismo precisaria entrar na água. Você concorda?

2. A evidência do significado da palavra – como vimos no início da lição, A palavra batismo vem do grego “baptizo” e significa “mergulho”, “submersão”, “imergir completamente”. Se a própria palavra traz esse sentido, é claro que as demais formas de batismo não estão baseadas no ensino bíblico.

3. Evidência histórica – os livros de História Eclesiástica, que contam a história da igreja, afirmam que até o ano de 150 d.C, aproximadamente, só era praticada a imersão como forma de batismo.

4. Evidência do simbolismo do batismo – desde que o batismo simboliza a morte, o sepultamento e a ressurreição, como já foi dito anteriormente, a sua administração (aplicação) não pode ser outra a não ser por imersão.

VI. CONCLUSÃO:

Na “Grande Comissão” registrada em Mt 28.19-20, Jesus nos mandou fazer discípulos, batizando-os e ensinando-lhes todas as coisas. É importante notar que todo o texto desta referência tem força de mandamento. O Novo Testamento, e especialmente o livro de Atos, nos mostra que os discípulos aceitaram as palavras de Jesus como mandamento. Eles reconheceram a importância de fazer discípulos, batizar e ensinar. É verdade que o batismo não salva, mas é necessário que você seja batizado conforme claramente ensina a Palavra de Deus. O batismo nas águas é uma demonstração pública de que você morreu para o mundo e está assumindo uma nova vida em Cristo: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20).

“Tá tão difícil fingir que tá fácil!”

Outro dia, fizemos uma confraternização entre o pessoal da editora para a qual faço alguns trabalhos. Era um daqueles dias lindos, onde todos se disponibilizam para o riso e os abraços. Estávamos num sítio e os homens e meninos resolveram jogar bola, enquanto as mulheres assistiam e riam da falta de preparo físico deles...

Claro que o objetivo era a diversão e tudo acontecia assim. Num determinado momento, aproximei-me das grades da quadra, perto da trave. Para a minha surpresa, veio um deles, agarrou-se na grade e confessou, exausto, suando, como quem pede socorro: “Ai, tá tão difícil fingir que tá fácil!”

A confissão foi tão espontânea e inesperada que comecei a rir, mas imediatamente tive um insight, “caiu uma ficha”, como dizem. Pensei comigo mesma: é realmente muito difícil, em alguns momentos de nossa vida, fingir que tá fácil, mas ainda assim a gente insiste em fingir, sem se dar conta de que isso só aumenta mais a dificuldade, tanto a física, quanto a mental e, principalmente, a emocional.

Fica fazendo cara de feliz e até sorrindo feito bobo, só pra disfarçar a dor que lateja por dentro, a tristeza que machuca sem parar, a mágoa por algo que aconteceu e não sabemos o que fazer com a realidade.

Talvez um emprego que perdemos ou nem conseguimos conquistar; um amor que acabou ou que nem começou; um amigo ou irmão com quem brigamos e não sabemos como fazer as pazes; uma raiva absurda que toma conta da gente por causa de uma situação em que nos sentimos contrariados, diminuídos, humilhados...

Enfim, muitas vezes, vivemos situações que nos provocam o desejo de xingar, gritar, esbravejar, argumentar e chorar feito criança, sem se importar com as caretas, as lágrimas, o barulho... só chorar, chorar e chorar até pegar no sono... Mas não! Não nos permitimos amolecer. Permanecemos durões, engolindo a dor a seco, sentindo a tristeza passar pela garganta como se fosse espinha de peixe enroscada... arranhando, incomodando, doendo mais. E lá estamos nós... fingindo que está fácil!

Pois bem, não sei quanto a você, mas estou decidida, cada vez mais, a mostrar o que sinto, mesmo sabendo e confessando que também não é nada fácil. No entanto, é bem mais fácil se expor e mostrar os sentimentos, tentando digeri-los e transformá-los em aprendizado, do que fingir, camuflar, parecer sem ser, viver sem se aprofundar, amar sem ser intenso, sentir sem se entregar.

Não estou, de forma alguma, sugerindo que você alimente sentimentos como raiva, tristeza e desesperança. Muito pelo contrário: estou sugerindo que você os assuma, sinta-os e, assim, possibilite o fim de cada um deles. Porque enquanto a gente finge que não está sentindo, eles continuam lá, enroscados. Mas quando a gente se assume e os expõe, eles passam, acabam, vão embora. Claro que, sobretudo, este tem de ser o nosso objetivo!

Aproveito, então, para sugerir: pare de fingir. Pare de sustentar um ego que só te faz ser quem você não é (ou seja, ninguém!) e te distancia de sua verdadeira essência. Pare de se importar tanto com o que vão pensar sobre você e se concentre mais na sua humanidade, na sua vontade de crescer e se tornar melhor, lembrando sempre de que a gente só consegue sair de um lugar e chegar a outro quando tem consciência de onde está e, sobretudo, para onde deseja ir.

Que você vá além e ultrapasse qualquer caminho que não seja o seu. Saia do fingimento e vá para o autêntico, porque só assim é que a vida vale a pena e é só aí que o amor encontra espaço!

Texto de:

R O S A N A B R A G A

Pesquisadora da área há mais de 10 anos, ela surpreende ao propor atitudes e soluções no complexo mundo das relações, conduzindo as pessoas a se apoderarem de seu potencial e ressaltando a diferença entre “quem quer” e “quem faz”.
Palestrante em Relações Interpessoais e Desenvolvimento Profissional, escritora, jornalista e consultora em relacionamentos.
Reconhecida como uma das maiores especialistas em relacionamentos interpessoais do país, Rosana Braga desenvolve um trabalho considerado inspirador e eficaz, promovendo mudanças no âmbito pessoal e profissional.


Autora dos livros:
. O Poder da Gentileza - Ed. Minuano
. Gigantes da Motivação - Ed. Venda Mais - (autora convidada)
. Faça o Amor Valer a Pena – Ed. Gente
. Alma Gêmea – Segredos de um Encontro – Ed. Alaúde
. AMOR - sem regras para viver – Ed. Alaúde