sábado, 19 de setembro de 2009

Vamos Estimular a Leitura

Segundo dados da Câmara Brasileira do Livro (CBL), cada brasileiro lê pouco mais de dois livros por ano. Na Inglaterra, estima-se que a média seja de 5 livros; nos Estados Unidos, 6. Outro dado preocupante é que enquanto na Índia, um país em desenvolvimento, as pessoas gastam em média 10 horas por semana lendo, aqui, no Brasil, essa estimativa é de 5 horas. Dados como esses chamam tanto a atenção que a Folha de São Paulo de 28 de maio de 2008 publicou a seguinte matéria:

Leitura no Brasil é uma "vergonha", diz "The Economist"

A aversão dos brasileiros aos livros virou assunto da última edição da influente revista britânica "The Economist". Para a publicação, a situação precária das bibliotecas públicas e o baixo índice de leitura dos brasileiros constituem "motivo para vergonha nacional", juntamente com o crime e com as taxas de juros. Leia abaixo uma tradução do texto "Um país de não-leitores" publicado pela "The Economist":

"Muitos brasileiros não sabem ler. Em 2000, um quarto da população com 15 anos ou mais eram analfabetos funcionais. Muitos simplesmente não querem. Apenas um adulto alfabetizado em cada três, lê livros. O brasileiro médio lê 1,8 livros não-acadêmicos por ano, menos da metade do que se lê nos EUA ou na Europa. Em uma pesquisa recente sobre hábitos de leitura, os brasileiros ficaram em 27º em um ranking de 30 países, gastando 5,2 horas por semana com um livro. Os argentinos, vizinhos, ficaram em 18º".

Pessoas que não são leitoras têm a vida restrita à comunicação oral e dificilmente ampliam seus horizontes, por ter contato apenas com idéias muito próximas das suas. É nos livros que temos a chance de entrar em contato com o desconhecido, e conhecer outras épocas e lugares e com eles “abrir a cabeça”. Por isso, incentivar a formação de leitores é fundamental no mundo de hoje, pois estaremos colaborando para a formação de cidadãos mais conscientes e críticos, que reconhecem e respeitam a diversidade.

O livro é uma fonte inesgotável de conhecimento. Quanto mais cedo uma criança começar a ter contato com ele, maiores são as probabilidades de obter sucesso, pessoal e escolar, no futuro.

Ouvir, ler em voz alta, ler em conjunto e conversar sobre livros desenvolve a inteligência e a imaginação. Os livros são também uma forma de enriquecer o vocabulário e a linguagem. As imagens, informações e ideias dos livros alargam o conhecimento do mundo. Ter o hábito de ler é uma forma de se conhecer melhor e compreender os outros. Ler em conjunto é divertido e reforça o prazer do convívio. A leitura torna as crianças mais calmas, ajudando-as a ganhar autoconfiança e poder de decisão

Por isso, visando no pleno desenvolvimento de nossos alunos, estmos lançando um projeto para estimular a leitura tanto na língua materna (português) com em língua inglesa. Entretanto, para o sucesso desse projeto é necessário o empenho de todos, divulgando os dados apresentados, pesquisando novas informações e principalmente, estimulando, apoiando a leitura.

Quando você for presentear alguém, principalmente crianças, tenha em mente que ao dar-lhe um livro você estará contribuindo para que essa criança desenvolva diversas faculdades que serão de suma importância em sua vida adulta, como por exemplo, a consciência crítica, a liberdade de pensamento, a imaginação e junto com ela a criatividade.

Portanto, dê livros! Você estará contribuindo para a construção de uma nação mais desenvolvida intelectualmente.

LIÇÃO 11: VIDA DEVOCIONAL

I. INTRODUÇÃO

Conhecer, amar e obedecer a Deus promovem a verdadeira comunhão do homem com o Senhor. E a vida devocional é o veículo que conduz a esse estado especial. O que um passeio com a família, seu cotidiano no trabalho, suas atividades com os amigos e na igreja têm a ver com a sua vida devocional? Tudo! Muitos crentes pensam que cultivar uma vida devocional significa apenas "separar tempo para Deus". Alguns até criam rituais em busca de um “clima propício” à devoção. Nessa lição você vai entender, entre outras coisas, que não é possível “separar” tempo para Deus.

Pare e pense: Ele é o dono de tudo o que há no universo, é o Pai e Criador de toda a humanidade e também o Salvador e o dono da sua vida, comprada com o sangue de Jesus. Portanto, tudo o que você tem, todo o seu tempo pertence a Ele.

Ao manter uma vida devocional plena, você simplesmente estará empregando o tempo da forma que Ele deseja. E não tardará a colher os frutos da intensa comunhão com Deus. Pois vida devocional é isso: relacionamento íntimo com o Pai. Isso é o que Ele mais deseja, desde aquele dia, lá em Gênesis, quando perguntou: "Onde está Adão?". Sua pergunta ecoa até hoje. Você, está pronto para responder?

II. ENTENDENDO O QUE É DEVOÇÃO

Devocional não é apenas um momento que reservamos durante o dia para orar e ler a Bíblia, nem mesmo aquele antes de uma programação da igreja, durante o qual você se ajoelha e ora. Ter uma vida de devoção a Deus vai muito além disso. Devoção a Deus é relacionamento com Deus.

Deus é um ser pessoal, ou seja, Ele se relaciona com o ser humano. Veja a narrativa de Gênesis 2 e 3, quando Deus ia ao encontro de Adão e Eva para estar com eles. Essa passagem indica que o Senhor tinha um relacionamento com o homem, que foi destruído pelo pecado.

Quando Deus criou Adão e Eva, não havia necessidade de sacrifícios, adoração, comunhão, orações, pastores, leis, mandamentos, regras, profetas, altares, etc., porque havia um perfeito estado de graça, havia relacionamento. A comunhão do homem com Deus era direta. Mas, quando Adão e Eva pecaram, foram expulsos do Éden e perderam a comunhão com Deus. E, por isso, há a necessidade de que você busque e invoque o Senhor, para que Ele se faça presente dentro da sua vida. Há necessidade de devoção e comunhão pessoal com Deus.

E como se consegue um bom relacionamento com alguém? Investindo tempo, conversando, desfrutando da presença dessa pessoa, sentindo prazer na sua companhia. O crescimento espiritual está intrinsecamente ligado à proximidade com Deus. O pastor Amaury Bertoqui, líder da Assembléia de Deus em Cachoeiro de Itapemirim, complementa: "Vida devocional fala da prática de princípios cristãos. Fala de não vivermos uma religiosidade de fim de semana, mas sim da aplicação, no nosso viver diário, daquilo que professamos". Assim, quanto mais perto de Deus estou, mais vida eu tenho.

III. OS PASSOS FUNDAMENTAIS

Devocional não é exatamente um ritual religioso, que depende de local ou elementos adequados para se realizar. É uma atitude espiritual, que pode acontecer enquanto dirigimos, trabalhamos, estudamos, quando estamos em família, com amigos, etc., pois já diz a Bíblia: “Orai sem cessar” (ITs 5.17). Mas, é necessário que em meio à correria em que vivemos exista um momento que seja só nosso e de Deus, e que sejamos disciplinados o bastante para não permitir interrupções. O conhecimento aprofundado de Deus traz crescimento espiritual, a busca pelo Senhor é fator determinante para o progresso do cristão. Jejum, oração e meditação na Palavra são alguns elementos que não podem faltar na vida devocional.

Os crentes que lamentam a falta de tempo para cultivar adequadamente uma vida devocional têm um conceito equivocado, encaram o devocional como sendo algo externo e não interno. Não é o que eu faço, simplesmente, mas sim o que eu sou. Se pensarmos que nas nossas atitudes, nas nossas palavras, nos mínimos detalhes do nosso dia-a-dia nós podemos adorar a Deus, então estaremos tendo uma vida devocional, pois estaremos perto Dele, em um relacionamento com Ele. Minha vida devocional é adequada quando trabalho com prazer e alegria, testemunhando de Jesus; quando estudo não apenas para crescer ou não ser reprovado em alguma prova, ou etapa; quando realizo as minhas tarefas, qualquer que seja, de acordo com o que a Bíblia ensina, tenho que fazê-lo como se fosse para o próprio Jesus (I Co 10.31; Cl 3.17).

E a Bíblia alerta que quando o crente se mantém firme em sua vida devocional, os conflitos com o mundo certamente aparecerão. Aliás, se esses conflitos não surgirem, há algo de errado. Jesus mesmo disse: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim. Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia.Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa” (Jo 15.18-20).

Mas, em contrapartida, lembra que os frutos de uma vida devocional adequada são abundantes e extraordinários: Primeiramente, recebemos o dom do Espírito (o presente que recebemos pela graça de Deus, que é o próprio Jesus; leia João 1.12); depois, passamos a viver buscando uma plenitude no Espírito (ou santificação; leia Romanos 5.1-21); aí então passamos a evidenciar o fruto do Espírito (amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio; leia Gálatas 5.22,23); daí, estamos prontos a utilizar os dons do Espírito - as capacitações que Deus dá a quem quer, da forma que quer, para suprir as necessidades de sua Igreja (leia I Coríntios 12.1-31; 14.1-40).

O profeta Oséias lança um sério desafio: “Conheçamos e prossigamos em conhecer o SENHOR: como a alva, será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6:3). E você: está pronto?

IV. CONCLUSÃO:

No NT a palavra comunhão significa ter um relacionamento contínuo. Comunhão pode referir-se à relação que você tem com a pessoa de Jesus, e também seu relacionamento com outros cristãos. Um aspecto muito importante para desenvolver um relacionamento com Deus é a oração. A oração é comunicação, é diálogo, é compartilhar com Deus aquilo que acontece com você. Em suas orações tente ser natural em sua conversa com o Senhor. Deus não quer ouvir frases decoradas, nem palavras complicadas, Ele deseja ouvir aquilo que sai de dentro do seu coração. Jesus nos deu algumas idéias sobre oração (Mt 6:9-13). A oração deve ser iniciada com um clamor a Deus, você irá chamar por Ele, por sua graça e misericórdia. Em seguida vem os assuntos: confissão de pecados, adoração, agradecimento, intercessão e petição. A oração do cristão é sempre feita em nome de Jesus (Jo 16:24; 14:13). Quando orar fale a Deus sobre seus problemas, suas dificuldades, seus erros, peça perdão a Deus sempre que você fizer algo errado e tenha certeza de receber esse perdão (I Jo 2:1-2). Ore por outras pessoas (Tg 5:16), isso se chama intercessão, peça a Deus que abençoe aqueles que estão a sua volta, aquelas pessoas que você sabe que estão passando por dificuldades.

Leia a Bíblia. O Novo Testamento é o coração da mensagem de Deus e é o lugar ideal para você começar seu estudo. Comece pelos evangelhos e depois leia Atos e Romanos, para ter um conhecimento básico da mensagem cristã. Não pare, continue lendo os demais livros da Bíblia na ordem que você preferir. Quando estiver lendo, faça a si mesmo estas perguntas: O que esta passagem está me dizendo? Qual é a idéia principal apresentada? Como posso aplicar essa passagem em minha vida para que ela se torne mais significativa? Tente não ler apenas passagens isoladas, faça o compromisso com Deus de ler pelos menos 1 capítulo por dia, e no dia seguinte leia o próximo capítulo e assim por diante até terminar um livro.

Não se esqueça de praticar a comunhão, ou seja, desenvolver um relacionamento de amizade com outros cristãos, para que isso ocorra, freqüente a igreja, participe dos cultos...

Você poderá medir a qualidade de sua comunhão com Cristo pelos momentos que você dedica à oração e ao estudo da Bíblia. Separe a cada dia um tempo para que possa crescer em sua comunhão com Cristo, escolha um lugar no qual você poderá estar a sós com o Senhor, para poder falar com Ele, através da oração e ouvir Ele falar com você, através da Bíblia. Faça desse momento o período mais importante de seu dia. Com o passar do tempo você irá sentir que aquele tempo que costumava separar se tornará insuficiente e logo sentirá necessidade de passar mais tempo na presença d’Ele.

V. COMO DEVO ORAR?

  • Invoque ao Senhor, chame por Ele;
  • Louve-o, adore-o, agradeça-o por tudo o que Ele já fez por você;
  • Confesse seus pecados, seus erros, fragilidades, limitações, medos, inseguranças;
  • Reconheça que você é dependente dele, e que tudo que possui pertence a Ele;
  • Esqueça-se das aparências. Deus conhece cada um dos seus pensamentos, por isso, quando estiver diante dele em oração não tente ser alguém que você não é, seja autêntico, claro, específico, diga a Deus as coisas como elas realmente são;
  • Exponha ao Senhor quais são suas reais necessidades, abra o seu coração, deixe fluir as palavras;
  • Vá além de "meu", "mim" e "eu"; deixe o egoísmo de lado e interceda, ore por outras pessoas, abençoe-as em o nome de Jesus, pronuncie palavras de bênçãos, de vitória, de cura, de prosperidade;
  • Ore pela igreja, pelos líderes, pelos irmãos, pelos projetos da igreja, por missões, por aqueles que se convertem;
  • Ore pela sua pátria, pelo governo, economia, política, educação, etc., interceda em favor da sua nação e em favor de outras nações também.
  • Demonstre fé, esperança, gratidão e amor.

Em toda a Bíblia encontramos diversos exemplos de orações, especialmente no livro de Salmos, ao lê-las você aprenderá bastante sobre os diversos tipos de oração e com o tempo e prática desenvolverá seu próprio estilo.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

LIÇÃO 10: DÍZIMO

1. Introdução:

O dizimo baseia-se no fato de Deus ser o proprietário da terra e doador de todas as dádivas (Sl 24.1). De acordo com o ensino do A.T., o dízimo pertence ao Senhor. Ao entregar-lhe, o israelita reconhecia que Deus era o dono da terra e de seus frutos. A não devolução do dízimo, por parte dos israelitas, considerava-se como um roubo a Deus (Ml 3.8-10).

O conceito de dízimo no A.T., já existia na era patriarcal, Abraão deu a Melquisedeque o dízimo de tudo (Gn 14.20). Portanto, antes da lei, o dízimo já existia. A lei apenas formalizou e sistematizou essa prática, e os profetas pregaram a necessidade de sua observância. Era exigida a décima parte das rendas de uma pessoa com vistas à manutenção da adoração; do sistema religioso e também para o benefício dos pobres da comunidade judaica. No N.T. o próprio Cristo reforçou o conceito do dízimo como um ato de fé que produz obediência voluntária aos preceitos divinos. O dízimo, antes de ser mera obrigatoriedade, é um ato de generosidade do cristão, que faz parte da lei do amor. O resultado será que aqueles que assim fazem de nada terão necessidade, pois Deus, o legítimo dono de todas as coisas, ama a quem dá com liberalidade e pureza de coração.

O dízimo não é mera obrigatoriedade, mas um ato oriundo da fé nas promessas de Deus. O dízimo é uma forma de você dizer que não é escravo do dinheiro e demonstrar sua gratidão a Deus pelas bênçãos que ele tem te dado. É tornar-se participante com Deus na obra de evangelização do mundo. É o privilégio de tirar dez por cento de toda a renda pessoal e investir nos negócios de Deus aqui na terra.

II. O Dízimo no A.T.

Dar ou pagar o dízimo, no A.T., constituía-se em separar a décima parte do produto da terra e dos rebanhos para o sustento do santuário de Deus e dos sacerdotes.

A origem do dízimo perde-se no tempo, sendo anterior a Moisés e Abraão. No entanto, a primeira referência bíblica ao fato relaciona-se aos dias desse patriarca. Em Gn 14.20 está escrito que Abraão entregou a Melquisedeque o dízimo de tudo, sendo que, neste caso, não foi do produto da terra, nem dos rebanhos, e sim do despojo da guerra, costume também observado nos tempos antigos (Hb 7.2)

Posteriormente, na progressão da história bíblica, você encontrará Jacó seguindo o exemplo de seu avô, só que em outra circunstância; a de ser grato a Deus, se este lhe guardasse durante a sua jornada (Gn 28.18-22).

Nos dias de Moisés, o dízimo passou a exercer importante papel na vida religiosa do povo israelita (Dt 26.1-15). Desta forma, não só a casa de Deus era suprida, como também mantida a tribo levítica, responsável pelo sacerdócio. Quando o povo se encontrava fraco e afastado de Deus, o dízimo era negligenciado. Pagar o dízimo é, portanto, um sinal de avivamento, entre outros, quando provém da fé e de um coração que reconhece o senhorio de Deus sobre todas as coisas. Por isso, Malaquias chegou a chamar de ladrões de Deus àqueles que não entregavam os seus dízimos (Ml 3.8-10), confrontando-os a fazer prova com o Todo-Poderoso, que jamais deixará de cumprir suas promessas àqueles que lhe são fieis.

III. O Dízimo no N.T.

O dízimo não ficou restrito aos tempos do A.T. O próprio Cristo ensinou sobre a importância do dízimo. Ao ler Mt 23.23-33, você descobrirá que a prática do dízimo entre os contemporâneos de Jesus tornou-se legalista e ostentatória de falsa espiritualidade. Os escribas e os fariseus cumpriam esta determinação para serem vistos e honrados pelos homens, e não como fruto de um coração sincero, era apenas aparência e mais nada, eles entregavam o dízimo para serem visto e ovacionados por todos. Dessa forma, todo o texto de Mateus enfatiza este lado da arrogância, da falsa religiosidade, onde a hipocrisia se reveste de justiça para tornar-se a glória de corações iníquos e apodrecidos.

Alguns podem até pensar, ao ler este texto, que Jesus estava condenando o dízimo, porém, uma leitura mais atenta revela que Ele estava reprovando a motivação errada dos líderes daquela época. Foi isto que deixou claro ao afirmar: “... pois que dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé”. Ou seja, uma coisa não pode existir sem a outra. É tanto que acrescentou: “Deveis, porém, fazer estas coisas (viver o juízo, a misericórdia e a fé), e não omitir aquelas” (dar o dízimo). O que Jesus fez foi reforçar o conceito de que o dízimo, antes de ser mera obrigatoriedade, para aparentar justiça, é um ato de fé que produz obediência voluntária aos mandamentos da Palavra de Deus.

A palavra dízimo não aparece nos ensinos de Paulo, entretanto, ela está implícita todas as vezes em que ele admoesta sobre a contribuição. Ao lermos I Co 16.2 e 3 podemos notar que o apóstolo pede para que cada um contribua proporcionalmente à sua prosperidade, ou seja, cada um entregue segundo o que pode.

O dízimo é exatamente isso, você devolve à casa de Deus 10 por cento daquilo que recebe. Quando se entrega os dez por cento, ele será sempre proporcional àquilo que você ganha, em outras palavras, quanto mais Deus abençoa financeiramente alguém mais essa pessoa contribuirá.

O apóstolo ensina que além de ser proporcional à condição de cada um, a entrega do dízimo deve ser fruto de uma motivação correta, nessa passagem ele também explica a “lei da semeadura”, confirma a promessa de abundancia e também fala da alegria daqueles que foram ajudados através das ofertas levantadas: “Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia com fartura com abundância também ceifará. Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra, como está escrito: Distribuiu, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre. Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça, enriquecendo-vos, em tudo, para toda generosidade, a qual faz que, por nosso intermédio, sejam tributadas graças a Deus. Porque o serviço desta assistência não só supre a necessidade dos santos, mas também redunda em muitas graças a Deus, visto como, na prova desta ministração, glorificam a Deus pela obediência da vossa confissão quanto ao evangelho de Cristo e pela liberalidade com que contribuís...” (II Co 9.6-13).

IV. Conclusão:

Se todos os crentes entregassem o dízimo, não haveria necessidade de a igreja lançar mão de campanhas de cunho financeiro para arrecadar o dinheiro necessário para a execução de suas tarefas. Entretanto é muito pequeno o percentual daqueles que se dispõem a cumprir esse mandamento, talvez por falta de conscientização do significado do dízimo.

Malaquias afirmou que o dízimo é “para que haja mantimento na casa do Senhor” (Ml 3.10), aplicando ao contexto de hoje, é através dos dízimos que a igreja encontra meios para realizar a evangelização, sustentar missionários, manter seus obreiros, cuidar da assistência social, ou seja, ajudar os menos favorecidos, custear a construção e manutenção dos templos, etc.

A promessa dada por Deus através de Malaquias impõe uma condição: primeiramente a pessoa deve trazer os dízimos para depois fazer prova com Deus, que garante derramar a sua bênção, trazendo a abundância. Porém, é bom que fique claro que isso não anula as aflições da vida, nos quais podem surgir os momentos de dificuldades. Entretanto, a Palavra de Deus, que não falha, garante vitória aos que atravessarem esses períodos com obediência e fidelidade.

Reflitamos por um momento: como a igreja poderá ser abençoada com crescimento, se lhe faltam recursos para aquisição de folhetos, enviar obreiros, dar suporte aos programas de evangelismo, cuidar dos carentes, manter dignamente aqueles que trabalham na obra? O dízimo que entregamos tem essa finalidade, a de suprir a casa do Senhor. Deus não precisa do seu dinheiro, lembre-se que ele é o criador de toda a riqueza, contudo ele está dando a você a oportunidade de ser ainda mais abençoado. Veja algumas coisas que acontecem quando o cristão, corretamente motivado, entrega o seu dízimo:

  • Ele sente-se recompensado por participar ativamente da obra de Deus;
  • Deus o abrirá as janelas do céu abençoando essa pessoa ricamente (Ml 3. 10,12);
  • Ele se torna um exemplo para todos ao seu redor;
  • O Senhor repreenderá o devorador (Ml 3.11), um demônio que age na área financeira, impedindo com que a pessoa cresça financeiramente.
  • Os recursos para a realização dos projetos da igreja serão mais abundantes;
  • A obra será realizada com mais qualidade e rapidez.

Leitura adicional:

Malaquias 1.6-10

Levítico 27-32b

Deuteronômio 28.1-14

Malaquias 3.6-12

Números 18.21, 23-26

Deuteronômio 7.12-15

II Coríntios 8.15

Gálatas 6.6-7

Atos 20.33-35