sábado, 18 de julho de 2009

15 Dicas para vc aprender inglês

1. MANTENHA UMA ATITUDE POSITIVA! Lembre-se de que assim como as pessoas aprendem seu primeiro idioma, qualquer um pode aprender uma segunda língua.

2. SEJA REALISTA! Ao mesmo tempo você deve conscientizar-se de que aprender um idioma leva tempo e esforço.

3. NÃO TENHA MEDO! Como um aprendiz, você não entende tudo o que as pessoas estão dizendo e você tem que, freqüentemente, imaginar o significado de algumas coisas. Se você aceitar isso como parte do processo de aprendizagem, você aprenderá mais rápido e melhor.

4. RESPONSABILIZE-SE PELO SEU APRENDIZADO! O professor, o livro ou o curso, podem e vão ajudá-lo a aprender, mas você fará tudo isso funcionar. O seu aprendizado depende, antes de qualquer coisa, de seu esforço.

5. CASO VOCÊ NÃO ENTENDA O QUE ALGUÉM ESTÁ DIZENDO, NÃO SE DESESPERE! Tente entender o contexto e continue conversando/ouvindo. Se você estiver realmente confuso, peça que a pessoa repita o que disse. Continuando a conversa você poderá entender o contexto após alguns minutos, tendo maior possibilidade de comunicação e ter uma evolução mais significativa no aprendizado.

6. NÃO SE PREOCUPE COM ERROS! Todos cometemos erros (até mesmo em português). Você pode aprender muito com seus erros. Quando não tiver certeza, pergunte se o que você disse está correto ou se existe uma maneira melhor de expressar sua idéia.

Explosão 1: Good luck!!!!!!!! Teacher: Mayara C.P.Rocha7. OUÇA TUDO!!! Ouça CDs, assista programas, filmes (sem legenda em português), enfim, tudo que você puder ouvir em inglês é bem vindo. Aprendemos muito quando ouvimos, e não percebemos. Como as crianças aprendem a falar? Ouvindo. Normalmente elas passam 1 ano inteiro só ouvindo e depois começam a falar suas primeiras palavras.

8. ACESSE A INTERNET. Se você tiver um computador conectado à internet, tire proveito disso. Explore o máximo que puder. Hoje temos acesso a mídias do mundo todo, jornais, revistas, rádios, etc. Temos fácil acesso a informação de outros países, de forma atualizada. Além de estarmos aprendendo um outro idioma, ainda estamos nos informando sobre assuntos diversos.

9. TOME NOTAS! Anote tudo o que achar interessante, significados de palavras, dicas, etc. As anotações podem ser nas margens, acima ou embaixo da palavra, o importante é que você a veja com facilidade.

10. FAÇA RESUMOS SOBRE AQUILO QUE VOCÊ APRENDEU! Pode ser a cada aula, no final da semana, ao terminar algum exercício, etc. O importante é relembrar, revisar.

11. TENTE FOCAR AO MÁXIMO SUA ATENÇÃO! Sublinhar, marcar, colocar asteriscos é uma excelente forma de memorização.

12. TENTE ADIVINHAR! Use pistas lingüísticas: como palavras cognatas, prefixos, sufixos. Use também o seu conhecimento prévio (conhecimento de mundo).

13. PEÇA AJUDA SEMPRE! Quando tiver dúvidas sobre a pronúncia correta ou significado de alguma palavra ou expressão não se envergonhe. Pergunte!

14. PROCURE OPORTUNIDADES PARA PRATICAR! Ouça músicas, divirta-se assistindo comédias, lendo ou ouvindo piadas, converse com amigos que também estejam estudando inglês.

15. ESTABELEÇA METAS E OBJETIVOS! Você pode, por exemplo, tentar ler textos, notícias, um livro, escrever cartas e/ou e-mails em inglês, se comunicar com alguém de outro país através da Internet, ou ainda compreender músicas sem ler a letra, etc.

LIÇÃO 3: PECADO & ARREPENDIMENTO

I. PECADO:

Pecado é a falta de conformidade com a vontade de Deus, em estado, disposição ou conduta. Para indicar isso, a Bíblia usa vários termos como:

· pecado (Sl 51.2; Rm 6.2);

· desobediência (Hb 2.2);

· transgressão (Sl 51.1; Hb 2.2);

· iniqüidade (Sl 51.2; Mt 7.23);

· mal, maldade, malignidade (Pv 17.11; Rm 1.29)

· perversidade (Pv 6.14; At 3.26);

· rebelião, rebeldia (1Sm 15.23; Jr 14.7);

· engano (Sf 1.9; 2;Is 2.10);

· injustiça (Jr 22.13; Rm 1.18);

· erro, falta (Sl 19.12; Rm 1.27);

· impiedade (Pv 8.7; Rm 1.18);

· concupiscência (Is 57.5; 1Jo 2.16);

· depravação (Ez 16.27,43,58).

Com respeito à origem do pecado na história da humanidade, a Bíblia ensina que ele teve início com a transgressão de Adão e Eva, e, portanto, um ato voluntário da parte do homem, leia Gn 3. 1-23.

O tentador veio do mundo dos espíritos com a sugestão de que o homem, colocando-se em oposição a Deus, poderia tornar-se semelhante a Deus. Adão se rendeu à tentação e cometeu o primeiro pecado, comendo do fruto proibido. Mas a coisa não parou aí, pois com esse primeiro pecado Adão passou a ser escravo do pecado. Esse pecado trouxe consigo corrupção permanente, corrupção que teria efeito, não somente sobre Adão, mas também sobre todos os seus descendentes.

Como resultado da “queda”, o pai da raça humana transmitiu uma natureza deturpada aos seus descendentes. Dessa fonte o pecado flui numa corrente impura passando para todas as gerações de homens, corrompendo tudo e todos com que entra em contato. Adão pecou não somente como o pai da raça humana, mas também como o representante de todos os seus descendentes, e dessa forma, todos nós somos passíveis de punição e morte.

É primariamente nesse sentido que o pecado de Adão é o pecado de todos. É o que Paulo ensina em Rm 5.12: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram”. Isso significa que todos se tornaram sujeitos ao castigo e à morte. Não se trata do pecado considerado meramente como corrupção, mas como culpa que leva consigo o castigo. Deus considera todos os homens como pecadores culpados em Adão, exatamente como considera todos os crentes como justos em Jesus Cristo. É o que Paulo quer dizer, quando afirma: “pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para a justificação que dá vida. Porque, como pela desobediência de um só homem muitos se tornaram pecadores, assim também por meio da obediência de um só muitos se tornarão justos” (Rm 5.18, 19). A primeira transgressão do homem teve os seguintes resultados:

1º. Perversão total da natureza humana. O contágio do pecado espalhou-se imediatamente pelo homem todo, não ficando sem ser tocada nenhuma parte da sua natureza, mas contaminando todos os poderes e faculdades do corpo e da alma. Esta completa corrupção do homem é ensinada claramente na Escritura em Gn 6.5; Sl 14.3; Rm 7.18. Na realidade essa corrupção manifesta-se como incapacidade espiritual.

2º. Houve a perda da comunhão com Deus. O homem perdeu a imagem de Deus no sentido de retidão original. Ele rompeu com a verdadeira fonte de vida e bem-aventurança, e o resultado foi uma condição de morte espiritual (Ef 2.1, 5, 12; 4.18).

3º. Mudança em sua consciência. Houve, primeiramente, uma consciência da corrupção, revelando-se no sentido de vergonha, e no esforço que os nossos primeiros pais fizeram para cobrir a sua nudez. E depois houve uma consciência de culpa, que achou expressão numa consciência acusadora e no temor de Deus que isso inspirou.

4º. Morte. Não somente a morte espiritual, mas também a morte física resultou do primeiro pecado do homem. Havendo pecado, o homem foi condenado a retornar ao pó do qual fora tomado (Gn 3.19). Paulo nos diz que por um homem a morte entrou no mundo e passou a todos os outros homens (Rm 5.12), e que o salário do pecado é a morte (Rm 6.23).

5º. Esta mudança resultou também numa necessária mudança de residência. O homem foi expulso do paraíso, porque este representava o lugar da comunhão com Deus, era símbolo da vida mais completa e perfeita se continuasse firme. Foi-lhe vedada a árvore da vida, porque esta era o símbolo da vida prometida.

Tipos de pecado

Pecado original - Significa que todos nós nascemos pecadores como herança da desobediência de Adão e Eva. “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5); “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmo nos enganamos, e a verdade não está em nós” (I Jo 1.8).

Pecado por omissão – acontece quando você sabe, tem consciência, que deve fazer algo, Deus quer que você faça algo, porém você deixa de fazer, por exemplo, a Bíblia diz que devemos orar sem cessar, no entanto você ora todos os dias? Mesmo?“Aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado.” (Tg 4.17).

Pecado por comissão - são aqueles erros que cometemos conscientemente, voluntariamente, por exemplo, você sabe que algo é errado, mas, mesmo assim, você vai e faz, você decide ter aquela atitude. “... cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte” (Tg 1.14-15).

II. ARREPENDIMENTO:

A Bíblia nos apresenta o homem como em uma situação complicada diante de Deus. Veja dois exemplos: “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Is 59.1-2). “Porque todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus” (Rm 3.23)

Essa condição do homem de pecado e afastamento de Deus expôs o homem e toda a humanidade a todo tipo de desajustes que vemos: guerras, conflitos, assassinatos, exploração, mentiras, egoísmo, abusos de todos os tipos, destruição da família, etc. Como resultado de estar afastado de Deus, o homem entrou em conflito com os outros e consigo mesmo.

A origem de toda essa situação é a rebeldia. È a atitude de rebeldia que temos dentro de nós, herdada de nossos pais, Adão e Eva. Diante de uma ordem de Deus, eles se rebelaram no Jardim do Éden, preferindo seguir a Satanás e fazer a sua própria vontade (Gn 2.15-17; 3.1-6). Esse foi o pecado que afastou o homem de seu relacionamento com Deus: a rebeldia. A partir daí a porta foi aberta para todo tipo de pecada e para a morte (Rm 5.17).

Rebeldia é viver como eu quero, como acho melhor, como “me dá na cabeça”. Todos nós somos rebeldes por natureza para com Deus e temos um coração orgulhoso e egoísta. Queremos fazer aquilo que nos parece melhor, queremos ser “livres”, e viver à nossa maneira. Não queremos ninguém se “metendo” em nossas vidas, dizendo o que devemos ou não fazer. Essa atitude de rebeldia e independência é o nosso maior pecado.

A Bíblia, em Ef 2.1-3, descreve a pessoa que anda no pecado. As pessoas não conseguem aceitar que essa é uma descrição delas mesmas, mas, infelizmente, é a condição de todo homem e mulher. Se essa é a verdadeira condição do homem, qual é a solução?

Arrependimento: Uma Mudança Radical de Atitude

Se o problema do homem é que ele está sem Deus por causa do pecado, a solução é cortar o problema pela raiz, na sua origem. É preciso mudar de atitude, é preciso abandonar a rebeldia. Essa mudança de atitude é descrita na Bíblia como arrependimento. Quando Jesus começou a pregar, sua mensagem era: “arrependam-se” (Mt 4.17), antes dele veio João Batista, dizendo: “arrependam-se” (Mt 3.1-2). Os apóstolos de Jesus continuaram a pregar a mensagem de Deus para que todos se arrependessem (At 2.38 e 17.30).

Algumas pessoas confundem arrependimento com remorso. Remorso é um sentimento de mal estar por haver feito algo errado. O arrependimento é muito mais que isso. Arrependimento não é apenas um pesar por ter ofendido alguém. A contrição sem conversão nos leva a continuar cometendo os mesmos pecados, pois o que nos incomoda, pesa em nossa consciência, são apenas aqueles pecados grosseiros que cometemos. Arrepender-se significa uma mudança radical de atitude e mentalidade, a atitude à qual somos chamados a abandonar é a rebeldia.

Em Mt 11.29 o Senhor Jesus nos chama para “tomar sobre nós o Seu jugo”, levar o jugo de Jesus significa nos sujeitarmos a Ele e viver obedientes e submissos em tudo. Antes vivíamos como queríamos agora nos comprometemos em viver como Cristo quer, adotamos uma nova atitude, a submissão.

Quatro Aspectos do Arrependimento:

a) Mudança de Reino do império das trevas para o reino da luz (Cl 1.13)

Nesse mundo existem apenas dois reinos. Desde o primeiro pecado de Adão, todos nós nascemos no reino das trevas, cujo príncipe é Satanás, ele, juntamente com seus demônios, engana domina e age em todos os homens para arruiná-los. Quando nos arrependemos, renunciamos a Satanás e suas mentiras e sujeitamos nossas vidas a Jesus Cristo, para que Ele a governe.

b) Negar-se a si mesmo – Mc 8.34-35

Por causa da nossa natureza egoísta, desenvolvemos no decorrer dos anos um estilo de vida egocêntrico. Em outras palavras, eu sou o centro do meu mundo, tudo o que faço é para mim: viver, estudar, trabalhar, descansar, etc. Todos os meus esforços estão orientados para meu próprio bem estar.

O homem “religioso” – aquele que exterioriza uma religiosidade sem ter uma experiência genuína de conversão e comunhão com Deus - que não deixou de lado seus próprios interesses, está nas mesmas condições com a única diferença que agora tem Deus “a seu serviço”. O “religioso” entende Deus como aquele que existe para o ajudar, guardar dos perigos, abençoar, curar, etc., no entanto, ele mesmo continua sendo o centro de sua vida. Não vive para Deus, mas para ele mesmo.

Negar-se a si mesmo é esquecer ou deixar de lado meus próprios interesses, é dizer NÃO ao egoísmo. Cristo deve ser o centro da sua vida, você deve viver para Ele e por Ele. Assim seu trabalho será para Ele, seu dinheiro, seus estudos, sua família, seus sonhos, tudo terá o objetivo de honrar ao Senhor. “Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á” (Mt 10.39).

c) Colocar Jesus em 1º lugar – Mt 10.37, Lc 14.26

Geralmente colocamos o nosso “eu” e nossas coisas em primeiro lugar, Jesus exige uma mudança total. Ele é Deus, e como tal deve ocupar o primeiro lugar em nossa vida. Acima de tudo devemos a Ele amor e fidelidade. Jesus tem que ser a pessoa mais importante de nossas vidas, aquele a quem amamos mais do que nossos familiares, posses e anda mais do que a nós mesmo.

d) Renunciar tudo o que possui – Lc 14.33

As pessoas, em geral, por sua ignorância e egoísmo, consideram-se donas de tudo que possuem. Na realidade, o legítimo dono de tudo que possuímos é Deus. Todos os nossos pertences, incluindo bens materiais, família, tempo, capacidades naturais, casa, dinheiro, futuro, etc., tudo isso é de Deus.

A mudança de atitude consiste no fato de que antes eu acreditava que tudo o que eu possuía era para mim e para os meus, mas agora, renuncio tudo quanto tenho e entrego tudo isso para Deus. Tudo fica à Sua inteira disposição para o que Ele mandar. Dessa forma, o discípulo (você) é apenas mordomo dos bens que possui. “O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada” (Jo 3.27); “... não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa capacidade vem de Deus (II Co 3.5).

Como Devemos nos arrepender

a) Tomando uma decisão firme e imediata de deixar a velha vida e seguir a Jesus Cristo (Jo 15.1-18)

Você já entendeu que seu problema não é uma ou outra atitude errada, você já sabe que tem uma natureza originalmente má, portanto, você deve deixar essa atitude de rebeldia conscientemente e abrir mão de governar sua própria vida e entregá-la a Deus para obedecê-lo em tudo. É hora de rejeitar a soberba, o egoísmo, a independência, sair do centro de sua vida e colocar Jesus nesse lugar. Lembre-se a solução não é ser um “religioso”. Você não precisa de uma religião ou de um Deus que resolva todos os seus problemas, mas que não muda o seu coração. Você precisa conhecer Jesus, e através de um relacionamento diário de amizade, Ele te transformará, mudará sua forma de ver as pessoas, as circunstancias, o mundo ao seu redor.

b) Renunciando todo tipo de envolvimento com o reino das trevas (At 19.18-20)

Se no passado você se envolveu com algum tipo de ocultismo, bruxaria (wicca), espiritismo, religiões orientais, tarô, numerologia, astrologia, etc., você deve confessar isso a Jesus e renunciar a tudo isso em oração. Inclusive queimando e destruindo todos os objetos que possam estar ligados a essas práticas como nos ensina At 19.18-20.

c) Confessando os pecados (Pv 28.13; I Jo 1.9)

Quando vemos nossa condição de pecadores somos quebrantados, assim vemos como temos ofendido a Deus com os nossos pecados. Ao nos arrependermos devemos confessar nossos erros com a nossa boca (Rm 10.9-10). Ao se confessar a Deus mencione todos os pecados que você conseguir se lembrar, certamente você não se lembrará de todos, não se preocupe, com certeza, o Espírito Santo te guiará. A confissão deve ser sincera, deve ser feita com base no arrependimento e com a firme determinação de abandonar o pecado.

Quando possível a confissão deve ser acompanhada de restituição, por exemplo, aquilo que foi furtado deve ser devolvido, pedir perdão a quem ofendemos, tratamos mal ou magoamos, e falar a verdade a quem enganamos. Na oração também liberamos o perdão àqueles que nos fizeram mal.

III. CONCLUSÃO:

Jesus veio com a boa notícia de que o nosso problema com Deus podia ser resolvido e nos apresentou uma condição para sermos salvos da nossa situação de perdidos em nossos pecados: o arrependimento. O verdadeiro arrependimento é o que produz convicção, contrição, confissão, abandono do pecado e conversão do pecador. Se essas 5 coisas não acontecerem na vida de uma pessoa que diz que se converteu, fique certo que na realidade não houve conversão, não se trata de arrependimento verdadeiro e completo, mas apenas tristeza e remorso: “Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação, que a ninguém traz pesar; mas a tristeza do mundo produz morte” (II Co 7.10).

LIÇÃO 2: CONHECENDO DEUS

I. Introdução:

A Bíblia afirma: “Ninguém jamais viu a Deus” (Jo 1.18). Se ninguém jamais viu Deus, como, então, poderemos conhecê-lo? Devemos saber, inicialmente, que a visão não é o único instrumento de que dispomos para conhecer alguém ou algo. Ninguém jamais viu a dor, o vento, a saudade, a fome, nem o amor, entretanto, não há dúvidas da existência dessas coisas. Não é possível vê-las com os olhos, mas há outros meios através dos quais podemos tomar conhecimento da dor, da saudade e do medo.

No caso do Criador, se o próprio Deus não tivesse tomado a iniciativa de se revelar, ninguém jamais o conheceria. Mas, felizmente, Ele se revelou através de toda a sua criação, nas forças da natureza, na constituição da mente humana, na consciência, no governo providencial do mundo em geral e das vidas dos indivíduos em particular. “Deus também falou de muitas maneiras” (Hb 1.1). E hoje Ele nos fala através da Bíblia. Mas, quem é Deus?

Não é possível definir Deus. A mente humana, embora prodigiosa, não dispõe de recursos suficientes para captar toda a grandeza do Criador. O máximo que podemos fazer é a descrição analítica de Deus a partir do que Ele no revela em sua Palavra.

Deus não é uma idéia abstrata ou uma força impessoal que atua no universo, como afirmam algumas pessoas. Deus é uma pessoa, Ele tem sentimentos e nos ama. Ele nos dá alegria e vitória, o Senhor nos sustenta em nossas provações e dificuldades. Nós podemos compartilhar com Ele todas as nossas experiências. Podemos falar com Ele e estarmos certos de que Ele nos ouve e nos atende. Ele cuida de nós e quer o nosso bem. Mas Deus é uma pessoa muito diferente de nós. Ele é espírito (Jo 4.24). Ele não tem um corpo físico como o nosso (Lc 24.39). Por isso não podemos vê-lo, assim como não podemos ver o nosso próprio espírito ou o espírito das pessoas ao nosso redor.

II. Os Nomes de Deus:

Hoje os nomes das pessoas têm pouca importância. Se alguém tem o nome de José, Antonio ou Joaquim, não faz muita diferença. Mas, na época em que a Bíblia foi escrita era diferente. Os nomes atribuídos a Deus na Bíblia, são instrumentos ou meios que o Criador usa para se revelar a nós quem Ele é. Eles devem ser estudados e compreendidos à luz dos costumes da época em que foram escritos.

O nome era uma descrição da pessoa, por isso, quando uma pessoa passava por alguma mudança significativa em sua vida ou em seu caráter, podia também ter seu nome mudado. Veja, por exemplo, o caso de Jacó. Ele era um enganador astucioso e é exatamente isso que o seu nome significava (Gn 27.36). Mas Jacó passou por uma grande transformação, deixou de ser um enganador e seu nome foi mudado para Israel (Gn 32.28; 35.10). No NT temos o caso de Pedro, ele se chamava Simão, mas Jesus lhe deu o nome de Pedro (Cefas, em aramaico), antecipando que ele passaria por uma grande mudança e ocuparia um lugar de destaque entre os apóstolos.

Assim também os nomes ou títulos atribuídos a Deus apresentados nas Sagradas Escrituras são instrumentos divinos para nos revelar qualidades, atributos e modos de agir do nosso Criador. Veremos, agora, alguns desses nomes, as circunstancias em que eles aparecem e o que eles nos revelam sobre Deus.

a) Eloah – DEUS. No primeiro versículo da Bíblia diz que “No princípio, criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). O nome DEUS (Eloah)) descreve o Criador como um ser forte e poderoso, que deve ser temido e cultuado.

b) Elohim – Deus. É o plural de Eloah, e revela a existência de mais de uma pessoa na divindade, e não mais de um Deus. Expressa a plena unidade de Deus na trindade, num dialogo onde decidiam fazer o homem: “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança...” (Gn 1.26).

c) Elyon - Deus Altíssimo. Este nome descreve Deus como um ser supremo (Gn 14.18-20).

d) El-Shadai - Deus Todo-Poderoso. Este nome descreve Deus como um ser poderoso, que tem poder nos céus e na terra, o sustentador, nutridor de todas as coisas (Gn 17.1).

e) Yahweh – EU SOU O QUE SOU (Ex 3.14). É o nome pessoal do Deus de Israel, que em nossas Bíblias aparece como Jeová, Javé, ou SENHOR (com todas as letras em maiúsculo) significa o Deus que tem existência própria, que existe por si mesmo, que sempre existiu e sempre existirá, que não fica velho, não muda, é eternamente o mesmo, o imutável, é a causa de todas as coisas, aquele que é, que era e que há de vir.

f) Adonai – Senhor ou Deus é o Senhor. O nome Senhor (escrito com letra inicial maiúscula e as demais em minúscula) descreve Deus como o dono e o governador de todos os homens (Gn 15.8).

g) Jeová – Significa “Ele é”. Nome eterno (Ex 3.15), este nome é traduzido em nossas Bíblias como “Senhor”. Segundo os rabinos “Jeová” significa “O Senhor Redentor”.

h) Jeová Tsebhaoth (Sabahote) – Senhor dos Exércitos (I Sm 17.45).

i) Jeová Jireh – O Senhor proverá (Gn 22.14).

j) Jeová Nissi – O Senhor é a nossa bandeira (Ex 17.15).

k) Jeová Ropeca – O Senhor que te sara (Ex 15.26).

l) Jeová Shalom – O Senhor é paz (Jz 6.24).

m) Jeová Tisidkenu – O Senhor justiça nossa (Jr 23.6).

n) Jeová Shamah – O Senhor está ali (Ez 48.35).

Sendo assim, esses são alguns dos nomes ou títulos do Criador, registrados na Bíblia. Eles são meios usados por Deus para nos revelar quem Ele é. Através desses nomes sabemos que Deus é um ser supremo, forte e poderoso, tem poder nos céus e na Terra, é dono e governador de todos os homens. Mas, Ele também é o Deus de graça, sustentador, nutridor, capaz de satisfazer todas as nossas necessidades. Ele sempre existiu e sempre existirá. Ele não fica velho, não muda, não sofre variações, é eternamente o mesmo.

III. Os Atributos de Deus:

Os atributos de Deus são propriedades ou qualidades de Deus mencionadas na Bíblia ou deduzidas de seus atos. Os atributos que só Deus possui, como por exemplo, a imutabilidade, são chamados de atributos incomunicáveis, são assim denominados para caracterizar que eles não foram concedidos aos homens. Aquelas características que os homens também possuem, como o amor, são chamadas de atributos comunicáveis. A diferença é que as qualidades humanas são imperfeitas e os atributos de Deus são perfeitos.

Os Atributos Incomunicáveis:

A Auto-existência de Deus

"Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus".

(Sl 90.2)

As crianças, às vezes, perguntam: "Quem fez Deus?" A resposta mais clara é que Deus nunca precisou ser feito porque sempre existiu. Ele existe de um modo diferente do nosso: nos existimos de uma forma derivada, finita e frágil, mas nosso Criador existe como eterno e auto-sustentado. Não há possibilidade de Deus cessar de existir.

A auto-existência de Deus é uma verdade básica. Na apresentação que faz do "Deus Desconhecido" aos atenienses, Paulo explica que o Criador do mundo não é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse; pois Ele mesmo é quem a todos dá a vida, respiração e tudo mais (At 17.23- 25). O Criador tem vida em si mesmo e de nada necessita. A independente auto-existência de Deus é uma verdade claramente afirmada na Bíblia (Sl 90. 1- 4; 102.25-27; Is 40.28-31; Jo 5.26; Ap 4.10). Saber que a existência de Deus é independente de qualquer coisa protege a nossa compreensão a respeito da grandeza d’Ele e, portanto, tem claro valor pratico para a nossa saúde espiritual.

Onipresença

Ocultar-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? - diz o SENHOR; Porventura, não encho eu os céus e a terra? - diz o SENHOR” (Jr 23.24).

Deus está presente em todos os lugares. Contudo, não devemos pensar sobre Ele como se ocupasse todos os espaços, porque Deus não tem dimensões físicas. Deus é espírito, e como espírito está em todo lugar. Ainda que isso exceda a nossa compreensão, o próprio Deus está presente em toda parte, em sua majestade e poder. Almas necessitadas que oram a Ele de toda parte no mundo estão a sua vista e recebem sua atenção pessoal. A crença na onipresença de Deus é ensinada em Sl 139.7; Jr 23.23-24; At 17.27-28. Quando Paulo fala do Cristo que subiu ao céu como enchendo todas as coisas (Ef 4.8-10), a disponibilidade de Cristo em toda parte, na plenitude do seu poder, certamente faz parte do significado. Pai, Filho e Espírito Santo são onipresentes.

Onipotência

"Bem sei que tudo podes, e nenhum dos teus planos pode ser frustrado" (Jô 42.2).

Ele é o Todo-Poderoso. Deus tem poder para fazer tudo aquilo que, em sua perfeita sabedoria e vontade, Ele deseja fazer. Onipotência não significa que Deus possa fazer literalmente tudo: Deus não pode pecar, não pode mentir, não pode mudar sua natureza ou negar as exigências de seu caráter santo (Nm 23.19; 1Sm 15.29; 2Tm 2.13; Hb 6.18; Tg 1.13,17). Deus não pode cessar de ser Deus.

Teria sido um exagero de Davi dizer: “Eu te amo, o SENHOR, forca minha. O SENHOR é minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a forca da minha salvação, o meu baluarte” (Sl 18.1-2)? Teria sido exagero de outro salmista declarar: “Deus é nosso refugio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações” (Sl 46.1)? Teria sido um engano dizer essas coisas se Deus fosse menos que onipotente e onipresente. Porém o reconhecimento da grandeza de Deus, incluindo sua onipresença e onipotência, produz em nós grande fé e elevado louvor.

Onisciência

"Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias,

cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda" (Sl 139. 16)

A palavra onisciência deriva-se de duas palavras latinas, “Ommes”, que significa tudo, e “Scientia”, que significa conhecimento. O termo denota a infinita inteligência de Deus, seu conhecimento de todas as coisas.

As Escrituras ensinam que Deus é onisciente; sua compreensão é infinita; sua inteligência é perfeita. A onisciência de Deus inclui tudo que há, seu conhecimento é universal, incluindo tudo quanto pode ser conhecido (I Jo 3.20). Deus sabe tudo que ocorre em todos os lugares; tanto o bem como o mal (Pv 15.3). Deus conhece o plano total dos séculos, bem como a parte que nele ocupa cada homem (Ef 1.9-12). Deus conhece desde toda eternidade àquilo que será durante toda a eternidade (At 15.18).

Não há uma cidade, vila, ou casa sobre a qual não estejam fixos os olhos de Deus. Não existe uma só emoção ou impulso sobre os quais Ele não tenha conhecimento. Ele conhece toda ocorrência ou aventura que envolva alegria ou tristeza, dor ou prazer, adversidade ou prosperidade, sucesso ou fracasso, vitória ou derrota. Deus conhece tudo na experiência humana, os efeitos e as ações do homem; as palavras do homem, pensamentos e imaginações do homem (Sl 139. 1-4; I Cr 28.9; Ex 3.7).

A Soberania Divina

Todos os moradores da terra são por ele reputados em nada; e, segundo a sua vontade, ele opera com o exercito do céu e os moradores da terra; não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Daniel 4:35)

A afirmação de que Deus é absolutamente soberano na criação, na providencia e na salvação é bíblica. A visão de Deus reinando de seu trono é repetida muitas vezes (1Rs 22.19; Is 6.1; Ez 1.26; Dn 7.9; Ap 4.2; Sl 11.4; 45.6; 47.8-9; Hb 12.2; Ap 3.21). Somos constantemente lembrados, em termos claros, que o Senhor reina como rei, exercendo domínio sobre grandes e pequenos, igualmente (Ex 15.18; Sl 47; 93; 96.10; 97; 99.1-5; 146.10; Pv 16.33; 21.1; Is 23.23; 52.7; dn 4.34-35; 5.21-28; 6.26; Mt 10.29-31). O domínio de Deus é total: Ele determina, escolhe e realiza tudo o que determina, e nada pode deter seu propósito ou frustrar os seus planos. Ele exerce o seu governo no curso normal da vida, bem como nas mais extraordinárias intervenções ou milagres.

As criaturas racionais de Deus gozam de livre ação, isto é, tem o poder de tomar decisões pessoais quanto àquilo que desejam fazer. Não seriamos seres morais, responsáveis perante Deus, o Juiz, se não fosse assim. Nem seria possível distinguir entre os maus propósitos dos agentes humanos e os bons propósitos de Deus (Gn 50.20; At 2.23; 13.26-39). O Sl 93 nos ensina que o governo soberano de Deus garante a estabilidade do mundo contra todas as forcas do caos (vs. 1-4); confirma a fidedignidade de todas as declarações e ensinos de Deus (v. 5) e exige a adoração do seu povo (v. 5). O salmo inteiro expressa alegria, esperança e confiança no Todo-Poderoso.

Os Atributos Comunicáveis:

Se os atributos discutidos anteriormente salientam o absoluto Ser de Deus, os que restam considerar acentuam a Sua natureza pessoal. É nos atributos comunicáveis que Deus se posiciona como Ser moral, consciente, inteligente livre.

Santidade

Eu sou o SENHOR, vosso Deus; portanto, vós vos consagrareis e sereis santos, porque eu sou santo...” (Lv 11.44)

Quando a Escritura chama “santo” a Deus, ou a pessoas individuais da Divindade - Pai, Filho e Espírito Santo (Lv 11.44,45; Js 24.19; 1 Sm 2.2; Sl 99.9; Is 1.4; 6.3; 41.14,16,20; 57.15; Ez 39.7; Am 4.2; Jo 17.11; At 5.3,4,32; Ap15.4), a palavra significa tudo a respeito de Deus que o coloca separado de nós e faz d’Ele objeto de nossa reverencia, adoração e temor.

Essa palavra cobre todos os aspectos de sua grandeza transcendente e perfeição moral. É um atributo importantíssimo, pois, salienta a divindade de Deus em cada ponto. Cada faceta da natureza de Deus e cada aspecto de seu caráter pode apropriadamente ser chamado santo, precisamente porque Ele o é. A essência do conceito, porém, é a pureza de Deus, que não pode tolerar qualquer forma de pecado (Hc 1.13) e, por isso, impõe aos pecadores a constante auto-contrição em sua presença (Is 6.5).

A justiça, que significa fazer, em todas as circunstancias, coisas que são corretas, é uma expressão da santidade de Deus. Deus manifesta sua justiça como legislador e juiz, e também como guardador da promessa e perdoador do pecado. Ele julga justamente (Gn 18.25; Sl 7.11; 96.13; At 17.31). Sua “ira”, isto é, sua ativa hostilidade ao pecado, é totalmente justa em suas manifestações (Rm 2.5-16), e seus “julgamentos” são gloriosos e dignos de louvor (Ap 16.5,7; 19.1-4).

A Bondade de Deus.

O Senhor é bom para todos, e as suas ternas misericórdias permeiam todas as suas obras... Em ti esperam os olhos de todos, e tu, a seu tempo, lhes dás o alimento. Abres a tua mão e satisfazes de benevolência a todo vivente” (Sl 145.9, 15, 16)

Não se deve confundir a bondade de Deus com Sua benevolência. Falamos que uma coisa é boa quando ela corresponde em todas as suas partes ao ideal. Daí, em nossa atribuição de bondade de Deus, a idéia fundamental é que Ele é, em todos os aspectos e por todos os modos, tudo aquilo que deve ser como Deus, e, portanto, corresponde perfeitamente ao ideal expresso pela palavra “Deus”. Ele é a perfeição absoluta e felicidade perfeita em Si mesmo. É neste sentido que Jesus disse ao homem de posição: “Ninguém é bom senão um só, que é Deus”, (Mc 10.18; Lc 18.18, 19). Mas, desde que Deus é bom em Si mesmo, é também bom para as Suas criaturas. Ele é a fonte de todo bem, e assim é apresentado de várias maneiras na Bíblia toda. O poeta canta: “Pois em ti está o manancial da vida; na tua luz vemos a luz” (Sl 36.9).

O Amor de Deus

“Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei; os teus muros estão continuamente perante mim”. (Is 49.15-16)

Quando a bondade de Deus é exercida para com as Suas criaturas racionais, assume o caráter mais elevado de amor, e ainda se pode distinguir este amor de acordo com os objetos aos quais se limita. Em distinção da bondade de Deus em geral, o Seu amor pode ser definido como a perfeição de Deus pela qual Ele é movido. Desde que Deus é absolutamente bom em Si mesmo, Seu amor não pode achar completa satisfação em nenhum objeto falto de perfeição absoluta, mesmo assim Ele não retira completamente o Seu amor do pecador em seu estado pecaminoso, apesar de que o pecado deste é uma abominação para Ele (Jo 3.16; Mt 5.44, 45). Ao mesmo tempo, Ele ama os crentes com amor especial, dado que os vê como Seus filhos espirituais em Cristo. É a estes que Ele se comunica no sentido mais rico e mais completo, com toda a plenitude da Sua graça e misericórdia (Jo 16.27; Rm 5.8; 1 Jo 3.1). A maior demonstração de amor de Deus foi a de conceder o seu próprio Filho para morrer em nosso lugar, sendo nós, ainda pecadores e incrédulos, através do sacrifício na cruz (Jo 3.16).

A misericórdia de Deus

Eu farei passar toda a minha bondade por diante de ti, e apregoarei o nome do Senhor diante de ti; e terei misericórdia de quem eu tiver misericórdia, e me compadecerei de quem me compadecer” (Ex 33.19)

Outro importante aspecto da bondade e amor de Deus é a Sua misericórdia ou terna compaixão. Se a graça de Deus vê o homem como culpado e, portanto, necessitado de perdão, a misericórdia de Deus o vê como um ser que está suportando as conseqüências do pecado, que se acha em lastimável condição, e que, portanto, necessita do socorro divino. Pode-se definir a misericórdia divina como a bondade ou amor de Deus demonstrado para com os que se acham na miséria ou na desgraça, independentemente dos seus méritos. Em Sua misericórdia Deus se revela um Deus compassivo, que tem pena dos que se acham na miséria e está sempre pronto a aliviar a sua desgraça. Esta misericórdia é generosa (Dt 5.10; Sl 57.10; 86.5) e os poetas de Israel se dedicam em entoar canções descrevendo-a como duradoura e eterna (1 Cr 16.34; 2 Cr 7.6; Sl 136; Ed 3.11). No Novo Testamento é muitas vezes mencionada ao lado da graça de Deus, especialmente nas saudações (1 Tm 1.2; 2 Tm 1.1; Tt 1.4). As ternas misericórdias de Deus estão sobre todas as Suas obras (Sl 145.9) e até os que não o temem compartilham delas (Ez 18.23, 32; 33.11; Lc 6.35, 36). Não se pode apresentar a misericórdia de Deus como oposta à Sua justiça. Ela é exercida somente em harmonia com a mais estrita justiça de Deus, em vista dos méritos de Jesus Cristo. Outros termos empregados para expressar a misericórdia de Deus são “piedade”, “compaixão”, “benignidade”.

A longanimidade de Deus.

“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade. Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós, também.

E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição” (Cl 3. 12-14)

A longanimidade de Deus é outro aspecto da Sua grande bondade ou amor, em virtude do qual Ele tolera os rebeldes e maus, a despeito da sua prolongada desobediência. No exercício deste atributo o pecador é visto como permanecendo em pecado, não obstante as admoestações e advertências que lhe vêm. Revela-se no adiamento do merecido julgamento. A Escritura fala da longanimidade de Deus em Êx 34.6; Sl 86.15; Rm 2.4; 1 Pe 3.20; 2 Pe 3.15. Um termo sinônimo, com uma conotação ligeiramente diversa, é a palavra “paciência”.

III. CONCLUSÃO:

Realmente o homem não tem condições de desvendar os mistérios de Deus. E, quando tentamos entender racionalmente muitos atos de Deus registrados na Bíblia, percebemos que eles estão além da nossa compreensão.

A ponte que liga o Rio de Janeiro a Niterói tem pilares gigantes e vãos até 300 metros. Gigantescas vigas ligam estes pilares. Mas, quem está mergulhando na água, debaixo da ponte, não vê que pilares tão distantes estão ligados uns aos outros através dessas vigas. Assim também é nossa situação. Estamos mergulhados nas limitações de nossa natureza humana, por isso não podemos compreender Deus totalmente, nem seus atos. Contudo, aquilo que é necessário para a nossa salvação e para a nossa vida de relacionamento com Deus, Ele, em sua eterna sabedoria, nos revelou e está registrado na Bíblia com tanta clareza que qualquer pessoa, culta ou não, estudada ou não, pode compreender.