segunda-feira, 20 de julho de 2009

LIÇÃO 4: CONHECENDO A SALVAÇÃO

I. Introdução:

Quando Jesus morreu e ressuscitou deu-nos o presente da salvação (Rm 6:23). Mas por que esse presente? Porque o homem não pode salvar-se a si mesmo (Ef 2:8-9), então, Deus enviou o seu único Filho (Jo 3:16) para nos garantir um lugar ao seu lado, no céu (Jo 14:1-6).

No inicio Deus criou o homem para que pudessem desfrutar da companhia um do outro, sendo dessa forma grandes amigos, porém o inimigo (Satanás) encontrou uma forma de desfazer essa amizade através do pecado, que é a desobediência (Gn 2:7-9 e 3:1-13). Com o passar dos anos Deus tentou recuperar a comunhão com o homem de diversas formas, porém nada adiantava, então, Deus tomou uma atitude radical: enviar seu Filho ao mundo para restaurar essa amizade (Jo 1:11-12; 3:16-17). Jesus enquanto esteve aqui na Terra ensinou como as pessoas deveriam viver para que a comunhão com Deus jamais fosse destruída novamente, e hoje nós temos acesso a esses ensinos, pois, eles estão registrados na Bíblia. Mas, por quê Jesus teve que morrer numa cruz? Porque era necessário um sacrifício de sangue.

Com o passar do tempo e com a multiplicação do pecado, Deus escolheu um homem chamado Abraão e lhe disse que seria pai de uma grande nação, essa nação é conhecida hoje como Israel, se Abraão obedecesse a Deus, Ele os protegeria e os tornaria uma nação próspera (Gn 12:1-3). Para que esse povo pudesse se relacionar com o Senhor, Ele lhes deu muitas leis e mandamentos (Êx 20:1-20), dentre esses mandamentos o Senhor instituiu o sacrifício (Ex 23.18; 29.38). Uma vez no ano os homens daquela nação iam a cidade de Jerusalém levando um cordeiro sem nenhum defeito para que pudesse ser oferecido como sacrifício para que seus pecados pudessem ser cobertos, e Deus não ficaria na obrigação de puni-los, pois Deus é santo e precisa punir o pecado.

Só que com o passar do tempo Israel acabou se esquecendo de Deus e continuavam a pecar. Então Jesus veio e nos ensinou o quanto precisamos de Deus, de perdão, de salvação e de muitas outras coisas que só Ele é capaz de nos dar. E para cumprir a lei que dizia que sem sacrifício não há perdão, Jesus se entrega à morte em nosso lugar e ressuscita dando-nos vida e dizendo que o pecado e a morte não tem mais poder sobre a vida daqueles que são d’Ele (Os 13:14).

II. O que é a salvação?

A princípio, podemos afirmar que a salvação é o resultado da morte expiatória de Jesus Cristo na cruz do Calvário que livra o homem da condenação eterna causada pelo pecado e o religa a Deus. Assim, salvação é:

1. Um ato soberano de Deus – Por que apenas Ele é capaz de nos salva, sendo assim, a salvação é um ato da soberana vontade de Deus, que em seu Filho nos reconciliou consigo mesmo. “Ora, tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões...” (II Co 5.18-19). Observe que a salvação é a demonstração do grande amor de Deus em favor da humanidade, condenada pelo pecado. Ela é oferecida a todos, sem exceção, para que em Cristo, todos sejamos salvos, libertos do pecado, tornando-nos, assim, filhos de Deus (Jo 1.12).

2. Um ato da infinita misericórdia de Deus – Pois nos é doada gratuitamente, mediante a fé, e não através de nossos atos ou méritos. O próprio criador tomou a decisão de reconciliar consigo o homem, que pela desobediência, havia se afastado dele, tornando-se escravo do pecado e inimigo de Deus.

A nossa salvação custou um preço muito alto: o sangue do Cordeiro (Jo 1.29) que foi sacrificado pelos nossos pecados, conforme a profecia de Is 53.4-7: “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si... Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca”.

Em outras palavras a salvação é a vida eterna em Cristo, visto que só Ele pode salvar o homem da condenação da morte eterna. A morte passou a todos os homens, deste modo, o pecado foi a herança que herdamos de nossos primeiros pais. Então, como escapar dessa condenação?

Veja a importância da salvação: você estava morto em delitos e pecados (Ef 2.1, 5; Cl 2.13) e nada podia fazer para escapar do juízo divino. Porém, Deus, em seu Filho, te libertou da condenação da morte eterna (Jo 5.24). Agora não precisamos mais temer o juízo final, pois Jesus concedeu a vida eterna a todos quantos creram n’Ele. Através de sua morte e ressurreição Cristo anulou os efeitos do pecado que é a morte eterna, a separação entre Deus e o homem.

Quando o homem abandona o pecado e passa a confiar em Cristo como seu Salvador, Deus age em seu favor de quatro modos, a saber: 1º perdoa, 2º justifica, 3º regenera, e 4º adota.

Justificação é um termo judicial que lembra um tribunal, onde Deus, o supremo juiz, absolve o pecador das suas transgressões e o declara justo, isto é, justificado. Desta forma, Deus, o ofendido, reconcilia consigo mesmo o homem, o ofensor. Aquilo que o homem não pode fazer Deus fez por ele. A justiça de Cristo é concedida ao ser humano, mediante a graça divina (Rm 5.17-19).

A fonte da justificação é a graça de Deus. Graça significa favor ou a disposição bondosa, ou ainda, favor imerecido. A justificação é uma benção imensa já que após ser justificado, perante Deus através da fé em Cristo, o homem é tratado como se nunca houvesse pecado.

Regeneração é uma mudança de condição: antes, no pecado, o homem era inimigo de Deus e servo do diabo, agora, feito justo pela justiça de Cristo que lhe foi concedida, ele se torna membro da família divina, adotado como filho de Deus (Jo 1.12).

O homem, morto em seus delitos e pecados, nasce de novo. Esse novo nascimento é efetuado pelo Espírito Santo em seu interior, mediante o arrependimento e a fé (Jo 3.38). Os resultados da regeneração são os frutos de uma vida renovada e expressam a vida de Cristo operando nos homens uma mudança notória (II Co 5.17), a libertação de todo vínculo com o pecado (I Jo 3.4-9), faz brotar na vida da pessoa uma fé viva e operante.

Adoção. Pelo nascimento natural (físico) o homem é membro da família de Adão e como tal, excluído, pelo pecado, da família de Deus. Nascido do novo, passa e fazer parte da família de Deus, recebendo pela adoção a herança que apenas Cristo, como Filho legítimo, tinha direito. A Bíblia fala de Deus como Criador e Preservador de todos os homens, e reserva a posição de Pai apenas para designar-se àqueles a quem adotou como filhos em Cristo, que são nascidos do Espírito (Ef 1.5).

O termo adoção, do grego huiothesia, que significa estar em lugar de filho, é usado no NT para descrever o fato de Deus receber como filho alguém que, legal e espiritualmente, não goza do direito de tê-lo como Pai. A partir desse momento essa pessoa passa a desfrutar de todos os privilégios que Deus designou para aqueles que aceitam a Cristo como seu Único e Suficiente Salvador (Jo 1.12).

III. CONCLUSÃO:

A salvação é o ato de reconciliação entre Deus e o homem como plano executado na morte de Jesus Cristo na cruz. Sua morte trouxe ao homem a redenção, Jesus reconciliou o homem com Deus através do seu sangue. Essa reconciliação fez com que Ele assumisse, em nosso lugar, a sentença e culpa pelos nossos pecados (I Pe 2.24; 3.18).

Devemos sempre ter em mente o imensurável amor de Deus revelado no sacrifício de seu único Filho para nos resgatar da situação deplorável na qual nos encontrávamos, sem qualquer perspectiva de salvação. O AT apresenta várias citações de que viria um Salvador (Gn 3.15; Is 42. 1-4; Is 9. 1-7; Is 53. 1-12, Mq 5.2) e Jesus cumpriu cada uma dessas profecias. O propósito da Sua vinda era remir, que significa “pagar o preço da redenção”, dando a salvação a todos quantos n’Ele crer.

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